Brasília A Câmara dos Deputados foi autorizada pela Justiça a pagar a segunda parcela do salário extra da convocação extraordinária do começo deste ano. O dinheiro seria depositado para os 513 deputados, mas, como pouco mais de 100 abriram mão do salário extra, o número será menor. Cálculos preliminares indicam que o custo da decisão pode chegar a R$ 5,2 milhões.
Os deputados que não abriram mão do salário extra e que compareceram a pelo menos dois terços das sessões realizadas durante a convocação receberam o dinheiro na última sexta-feira.
Em fevereiro, uma liminar concedida pela Justiça impediu o pagamento. Na semana passada, a decisão foi revertida e a Câmara depositou os recursos nas contas dos deputados.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou não ter tomado conhecimento da decisão judicial, mas adiantou que ela será cumprida. "Se há uma decisão judicial mandando pagar, temos que cumpri-la", disse Renan.
O deputado Chico Alencar (PSol-RJ) criticou a decisão da Câmara de recorrer da decisão judicial em favor do pagamento e adiantou que vai novamente contestar o pagamento na Justiça. "Fomos surpreendidos com a volta à cena desse assunto que o próprio Congresso Nacional havia sepultado", disse em referência à extinção da convocação extraordinária, aprovada por deputados e senadores. "Nem sempre o legal é legítimo. Esse é um entulho, um benefício dispensável", afirmou.
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