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Umuarama – Aproximadamente mil famílias em Umuarama estão na fila de espera por uma vaga em creches do município. Diante desse número, apurado pelo Conselho Tutelar, o promotor de Justiça da Vara da Infância e Adolescência, João Mílton Salles, resolveu cobrar da prefeitura a construção de mais creches. "É uma situação que precisa ser resolvida logo", afirmou.

Nas 23 creches existentes na sede do município e três distritos são oferecidas, atualmente, 1.640 vagas, segundo a prefeitura. O prefeito Luiz Renato Ribeiro de Azevedo (PPS) informou que pretende amenizar o problema da falta de vagas investindo na implantação dos Centro de Educação Infantil. No orçamento do município para o próximo ano está a liberação de R$ 1,5 milhão para a construção do primeiro centro. Ainda não há projeto nem número de vagas definidos, mas, de acordo com Azevedo, o centro vai abrigar crianças com idade entre 4 e 6 anos, que hoje estão nas creches. Sua saída deve abrir vagas para os mais novos.

Antes de ingressar com uma ação judicial para obrigar o município a criar as vagas, a promotoria de Justiça decidiu pelo levantamento e pelo diálogo com a administração municipal. O certo é que o problema precisa ser resolvido em 2006, segundo o promotor Salles. "A ação judicial, neste caso, pode ser a última opção. Garantir atendimento a estas crianças é um direito assegurado na Constituição Federal", argumentou.

Paradoxo

Neste fim de ano, não há nenhuma creche em construção na cidade, mas a administração municipal investe alto em duas obras de lazer. Apesar de Umuarama já contar com um lago, a prefeitura inicia, em convênio com a União, a construção do segundo lago, que custa R$ 1,7 milhão.

O outro projeto para a cidade é a construção do centro esportivo. Mesmo sem time de futebol e já dispondo de um estádio no centro, o município aplica cerca de R$ 2 milhões em um centro poliesportivo com quadras, campos e mais um estádio. A obra começou há três anos e deverá ficar pronta em 2006. Os dois projetos são fruto de convênios firmados por meio do deputado federal Osmar Serraglio (PMDB), relator da CPI dos Correios. Segundo a administração municipal, se não construísse as obras, o dinheiro deveria ser devolvido.

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