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Mulheres ocupam sede do Ministério da Agricultura, em Brasília: dia de protestos a favor da reforma agrária teve manifestações em quatro estados – Paraná, São Paulo, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e no Distrito Federal | Roosewelt Pinheiro/ABr
Mulheres ocupam sede do Ministério da Agricultura, em Brasília: dia de protestos a favor da reforma agrária teve manifestações em quatro estados – Paraná, São Paulo, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e no Distrito Federal| Foto: Roosewelt Pinheiro/ABr

No Paraná, TCU proíbe convênio com entidade

O Tribunal de Contas da União (TCU) investiga irregularidades em repasses da União para entidades ligadas à questão agrária no Paraná desde 2006. Decisão do ministro Aroldo Cedraz determinou instauração de tomada de contas especial para apurar a transferência de R$ 5.231.562,39 da Superintendência do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no Paraná para a Cooperativa de Trabalhadores em Reforma Agrária (Cotrara) "em razão da ausência de comprovação da regular aplicação". O TCU também proibiu o Incra de firmar novos convênios com a Cotrara.

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Associação tem bens bloqueados

A Associação Nacional de Cooperação Agrícola (Anca) teve os bens bloqueados pela Justiça na sexta-feira, após o Ministério Público Federal ter ingressado com ação civil de improbidade administrativa na 14ª Vara Cível Federal de São Paulo. A decisão liminar foi proferida pelo juiz federal José Carlos Francisco. Segundo o Ministério Público, a Anca não comprovou a correta utilização da verba que recebeu do Programa Brasil Alfabetizado, no valor de R$ 3,8 milhões, para alfabetizar 30 mil jovens e adultos e capacitar outros 2 mil educadores. Além disso, teria repassado indevidamente valores ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Também foram bloqueados os bens do presidente da Anca à época do convênio.

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Brasília - Em nova reação ao aumento das ocupações de terras no país, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Gilmar Mendes, decidiu montar um fórum no CNJ para tratar de assuntos fundiários. Formado por integrantes de tribunais de todo o país, o fórum terá como principal tarefa acompanhar o andamento de processos que existem em várias áreas, como criminal, desapropriação de terras, títulos de posse e suspeitas de uso de mão-de-obra análoga à escrava.

Além dos processos criminais, Gilmar Mendes diz estar preocupado com as ações de desapropriação de terra que, muitas vezes, ficam paralisadas por decisão judicial. O STF já decidiu liminarmente que as vistorias em terras ocupadas não devem ser feitas nos dois anos seguintes à desocupação.

Em breve o tribunal julgará o mérito da ação. O governo espera que nesse julgamento fique mais uma vez claro que quem invade terra pode ser punido. Em documento enviado ao STF em janeiro, o advogado-geral da União, José Antonio Dias Toffoli, pediu que o STF dê preferência ao julgamento do mérito da ação que contesta a constitucionalidade de uma medida provisória (MP) do governo Fernando Henrique Cardoso. A medida prevê a suspensão de vistorias e de repasses de recursos em caso de invasão.

Mendes também pretende acompanhar os processos em que fazendeiros são suspeitos de submeter trabalhadores a situações análogas ao trabalho escravo. Por último, ele quer ainda acompanhar as ações em que é discutida a posse de terra, tanto na zona rural quanto na urbana.

Além do acompanhamento das ações, o fórum deverá propor a aprovação de leis e regulamentos para tentar solucionar os problemas ligados à terra e a realização de correições, para investigar suspeitas de irregularidades ligadas à questão fundiária, como fraudes em desapropriações.

Na semana passada, Gilmar Mendes assinou uma recomendação pedindo aos tribunais que priorizem o julgamento das ações envolvendo conflitos agrários. Também foi solicitado aos tribunais que façam um acompanhamento rigoroso dos processos e informem ao CNJ sobre as ações que envolvam questões agrárias.

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