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O Tribunal de Justiça de São Paulo negou ontem pedido da defesa de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá para suspender o júri do casal, marcado para começar na segunda-feira. O casal está preso e é acusado pela morte da menina Isabella Nardoni, 5 anos, filha de Alexandre, em março de 2008.

Os advogados alegavam cerceamento de defesa e pediam para realizar, antes do júri, outras provas para apresentar aos jurados – como a produção de animação gráfica das teses sustentadas ou a reprodução simulada da morte de Isabella. Entre outros itens, a defesa queria que fossem exibidas as telas de proteção retiradas do apartamento de onde Isabella caiu, na zona norte de São Paulo, e a utilizada na re­­produção simulada para confronto da perfuração.

Em sua decisão, o desembargador Luis Soares de Mello afirmou que os acusados se recusaram a participar da reconstituição da morte, ainda durante a fase de inquérito, e que o fato de o casal atribuir o crime a uma terceira pessoa inviabiliza a reprodução. "Não haveria, portanto, o que simular", diz. Para o desembargador, os requerimentos da defesa, "por sua impertinência ou desnecessidade, demonstram o seu nítido caráter protelatório".

A previsão do Tribunal é que o júri, comandado pelo juiz Maurício Fossen, dure cinco dias. O julgamento será no Fórum de Santana, zona norte de São Paulo. Ao todo, 24 testemunhas serão ouvidas – 4 de acusação e 20 de defesa.

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