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O juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal, decretou nesta quarta-feira (3) a prisão preventiva de três manifestantes, acusados pelos crimes de formação de quadrilha armada. De acordo com o magistrado, eles participaram de um protesto em outubro, o que contraria medidas cautelares impostas quando o habeas corpus lhes foi concedido.

O magistrado determinou a prisão de Elisa Quadros Pinto, conhecida como Sininho, Igor Mendes da Silva e Karlayne Moraes da Silva Pinheiro, conhecida como Moa. Itabaiana afirma que, "de acordo com investigações da Polícia Civil", os três participaram de protesto no dia 15 de outubro em frente à Câmara Municipal do Rio. "O descumprimento de uma das medidas cautelares impostas aos réus em substituição à prisão demonstra que a aplicação das referidas medidas cautelares se mostra insuficiente e inadequada para garantia da ordem pública, tendo em vista que os acusados insistem em encontrar os mesmos estímulos para a prática de atos da mesma natureza daqueles que estão proibidos", diz o magistrado em sua decisão.

O protesto no dia 15 de outubro, do qual os três participaram, foi pequeno e sem registro de confronto. Ele foi organizado para lembrar manifestação de professores em greve um ano antes, que terminou com violência.

Os três e mais 20 pessoas foram denunciados sob acusação de formação de quadrilha armada. Eles chegaram a ser presos, mas em agosto a 7ª Câmara Criminal, da segunda instância, concedeu habeas corpus aos réus.

Além da proibição de participar de manifestações, a medida cautelar determina o comparecimento regular ao juízo e o veto a viagens para fora do país. Uma audiência de instrução e julgamento do caso foram marcadas para o próximo dia 16.

O advogado de Karlayne, Lucas Sada, integrante do DDH (Instituto dos Defensores dos Direitos Humanos), afirmou que a defesa ainda não teve acesso à decisão e, por hora, não irá comentar. Os representantes dos outros dois acusados não foram localizados até as 16h.

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