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Greve de funcionários da Funpar

Esta semana, além da greve dos técnicos concursados, uma paralisação temporária de funcionários da Fundação da Universidade Federal do Paraná (Funpar) que atuam no HC afetou o atendimento da unidade na terça-feira (15). Houve demora nos atendimentos. Apesar disso, o hospital informou que nenhum procedimento ou consulta foi cancelado.

Os contratados via Funpar fazem o protesto porque são contrários à decisão da Justiça do Trabalho, que determinou a demissão de 916 deles do HC. A medida foi ordenada pelo juiz Sandro Augusto de Souza e divulgada no último dia 19 de março. O magistrado concedeu um prazo de 90 dias para a demissão desses trabalhadores e que sejam "substituídos por servidores devidamente concursados".

A Justiça Federal decretou que a greve dos técnicos concursados do Hospital de Clínicas (HC) é ilegal. O juiz Eduardo Fernando Appio não ordenou a volta ao trabalho dos grevistas, mas determinou que o reitor da UFPR, Zaki Akel, deve iniciar uma série de procedimentos para responsabilizar os grevistas por eventuais falhas no atendimento em saúde à população. Ele ressalta que a paralisação prejudica "as pessoas mais pobres" da região de Curitiba.

Até este sábado (19), o reitor deve tomar providências para registrar todas as pessoas que tiveram atendimento de saúde negado no hospital, junto com a doença alegada, o setor e o nome do responsável a fim de apurar, futuramente, a responsabilidade dos envolvidos. Akel também deverá instalar uma sindicância para apurar possíveis ofensas ao Estatuto do Servidor Público Federal de cada um dos grevistas. Por fim, ele deve descontar os dias parados do salário dos trabalhadores que aderiam à paralisação. A multa é de R$ 10 mil por dia de descumprimento.

A greve foi considerada ilegal porque os grevistas não teriam tomado providências para garantir o atendimento mínimo exigido por lei à população. "Trata se, pois, de uma responsabilidade cível e criminal individual de cada um dos profissionais que aderiram a esta greve responder posteriormente pelas eventuais mortes e agravamento de doenças que venham a ocorrer, o que certamente será objeto de averiguação futura das autoridades envolvidas e dos Ministério Públicos estadual e federal do Paraná", escreve o juiz em sua decisão, atendendo a ação civil pública do Ministério Público Federal (MPF).

A decisão foi assinada nesta quarta-feira (16). Nesta quinta (17) à tarde, mesmo sem expediente na Justiça Federal, a UFPR confirmou ter sido notificada. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do 3º Grau Público de Curitiba e Região (Sinditest), porém, informou que ainda não havia recebido a notificação. "Não desrespeitamos a lei de greve", disse Márcio Palmares, diretor do sindicato. A entidade afirmou que só irá se manifestar após a notificação.

O movimento começou no último dia 20 de março, em uma manifestação nacional que reivindica uma mudança sobre o aspecto da precarização do trabalho dos servidores técnico-administrativos federais e o sucateamento do serviço público no Brasil.

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