• Carregando...

A Justiça interrogou, nesta quinta-feira (18), em audiência de instrução da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Curitiba, Eduardo Vitor Garzuze, de 26 anos. O jovem é acusado de matar três pessoas de uma mesma família em um acidente de trânsito, no cruzamento da Avenida Silva Jardim com a Rua Alferes Poli, no bairro Rebouças, em setembro do ano passado.

O interrogatório de Garzuze demorou cerca de 15 minutos. Logo após, a defesa pediu para que uma nova testemunha de defesa fosse ouvida, a fim de atestar seu bom comportamento em sociedade, mas a juíza Michele Pacheco Cintra indeferiu o requerimento e abriu prazo para as partes fazerem suas alegações finais.

Devido ao recesso do judiciário, só a partir de janeiro é que a defesa e acusação poderão protocolar suas considerações finais. Somente em fevereiro deve sair a decisão se o acusado irá ou não a júri popular. Se for para júri, ele responderá por três homicídios dolosos, quando há intenção e matar, e também lesão corporal grave, segundo o advogado da família e assistente de acusação do caso, Brunno Pereira.

Mesmo depois de um ano do acidente em que perdeu o filho, a mãe e a irmã, a advogada Anelize Empinotti, 28 anos, estava bastante abalada e conversou ligeiramente com a reportagem. "Espero que ele [Garzuze] pague e sirva de exemplo do que não se deve fazer no transito", declarou Anelize.

Procurado pela reportagem, um dos advogados de defesa de Garzuze, Ricardo Ivankio, disse que a audiência foi tranquila e que nenhuma outra prova foi juntada aos autos. De acordo com Ivankio, o carro da família havia ultrapassado o sinal vermelho e, após o acidente, parentes que estavam em outro carro desceram e agrediram Garzuze.

Relembre o caso

Na madrugada de 22 de setembro, por volta das 4 horas da manhã, o carro que Garzuze dirigia bateu no para-choque de um outro veículo, próximo da Praça do Japão, no bairro Água Verde. Ele fugiu desse acidente e, no cruzamento da Avenida Silva Jardim com a Rua Alferes Poli, bateu contra o automóvel onde estava a família de Anelize, voltando de sua formatura.

No carro atingido, estavam quatro pessoas. A costureira Lorena Araújo Camargo, de 47 anos, e o neto, Igor Empinotti de Oliveira, de 9 anos, morreram na hora. Os dois estavam no banco de trás. Gabriele Empinotti, de 23 anos, filha de Lorena e tia do garoto, estava dirigindo o carro. Ela chegou a receber atendimento médico, mas não resistiu e também morreu. O noivo de Gabriele, Jackson Adriano Ferreira, foi levado para o Hospital Evangélico com múltiplas fraturas. Ele foi o único sobrevivente.

Como informou a Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran) à época, Garzuze estaria alcoolizado e trafegava acima da velocidade permitida, aproximadamente em 90 km/h, em um Ford Ka. Ao chegar no cruzamento, ele teria furado o sinal vermelho e acertado em cheio a lateral do Corsa Classic, ocupado pelas vítimas. Garzuze também chegou a ficar em estado grave.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]