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Parentes de vítimas da Kiss protestaram contra a decisão | Adriana Franciosi/RBS/Folhapress
Parentes de vítimas da Kiss protestaram contra a decisão| Foto: Adriana Franciosi/RBS/Folhapress

A Justiça decidiu ontem, por unanimidade, conceder liberdade provisória aos quatro presos acusados pelo incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, que causou a morte de 242 pessoas. A decisão é da 1.ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS).

A tragédia ocorreu em 27 de janeiro. Desde o dia seguinte estavam presos os sócios da Kiss, Mauro Hoffmann e Elissandro Spohr, e os membros da banda Gurizada Fandangueira Marcelo Jesus dos Santos (vocalista) e Luciano Bonilha Leão (produtor). Os quatro deixaram a Penitenciária Estadual de Santa Maria, em carros diferentes, por volta da 21 horas.

De acordo com o desembargador Manuel Martinez Lucas, a decisão de conceder a liberdade aos acusados foi por eles não oferecerem risco de prejudicar o processo. "Não se vislumbra na conduta dos réus elementos de crueldade, de hediondez, de absoluto desprezo pela vida humana", disse.

Após a sessão, cerca de 30 familiares e amigos das vítimas fizeram um protesto em frente ao TJ-RS, com fotos dos parentes e pedidos por justiça. Também foi julgado pedido da defesa de Spohr para anular o recebimento, pela Justiça, da denúncia (acusação) do caso. Os desembargadores negaram o pedido, considerando que ficou demonstrada a participação dos acusados.

Além dos quatro, também se tornaram réus, mas respondem em liberdade, dois bombeiros acusados de adulterar documentos após o incêndio - o major Gérson da Rosa Pereira e o sargento Renan Berleze – e outras duas pessoas acusadas de mentir à polícia durante a investigação: o ex-sócio Elton Uroda e o contador Volmir Panzer.

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