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O juiz Marcelo Matias Pereira, da 10.ª Vara Criminal, determinou na tarde de ontem a libertação do estudante Fábio Hideki Harano e do professor de inglês Rafael Marques Lusvarghi, presos no dia 23 de junho em um protesto contra a Copa do Mundo realizado em São Paulo. A soltura ocorre após um laudo do Instituto de Criminalística (IC) revelar que os objetos apreendidos com os dois manifestantes presos não tinham explosivos nem substâncias inflamáveis.

No fim do mês passado, Harano e Lusvarghi tornaram-se réus numa ação criminal em que são acusados de incitação ao crime, associação criminosa, desobediência e posse de artefato explosivo, de acordo com denúncia do Ministério Público (MP) feita antes da divulgação do laudo do IC. Para a polícia e o MP, eles lideraram protestos violentos.

Os dois artefatos apreendidos, que a polícia acreditou serem coquetéis molotov, passaram por análise. Um deles é um frasco vazio de um produto usado no tingimento de tecidos apreendido com Harano.

"Trata-se de material não compatível com aquela encontrada nos altos explosivos (nitrato, nitropenta, HMX, RDX, nitroglicerina, TNT, DNT, Tetryl) e nos baixos explosivos (pólvora branca, pólvora preta e etc)", concluiu o laudo a respeito do material.

Para o artefato encontrado com Lusvarghi, uma garrafa plástica com papel e elástico como tampa, a perícia constatou: "resultado negativo para substâncias acelerantes e alimentadoras de chama daquelas comumente utilizadas em artefatos incendiários".

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