A Justiça Militar decretou nesta quarta-feira (28) a prisão de 12 policiais militares apontados como os autores da tortura e do assassinato de um motoboy dentro de um quartel da zona norte. As prisões foram decretadas a pedido da corregedoria da PM, que começou a investigar assim que a TV Globo noticiou o assassinato.
A vítima foi Eduardo dos Santos, motoboy, de 30 anos. Ele e mais três rapazes foram presos no dia 9 de abril, durante uma discussão na rua por causa do furto de uma bicicleta. Todos foram levados para um batalhão da PM na Zona Norte.
Testemunhas afirmaram que Eduardo foi torturado. Horas depois, Eduardo foi levado ao hospital por policiais militares, mas já chegou morto. Dos 12 PMs que tiveram prisão temporária decretada, 10 são soldados, um é sargento e outro tenente.
Eles são acusados de formação de grupo para prática criminosa, e homicídio provocado por tortura. Também por prevaricação, porque alguns dos PMs não participaram diretamente da tortura, mas não fizeram nada para impedir.
Os 12 policiais serão levados ainda na noite desta quarta-feira para o presídio da PM na Zona Norte de São Paulo. A corregedoria tem agora 20 dias para concluir a investigação e convencer a Justiça da necessidade de transformar os acusados em réus.
Pelos crimes de tortura e assassinato, os PMs podem pegar pena máxima de 30 anos de prisão. O Departamento de Homicídios da Polícia Civil também investiga o assassinato do motoboy , Eduardo dos Santos.
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