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A Justiça indeferiu o pedido de revogação de prisão temporária do ex-comandante do Corpo de Bombeiros, coronel reformado Jorge Luiz Thais Martins, 56 anos, acusado de matar nove usuários de drogas na região do bairro Boqueirão, em Curitiba. Com a decisão, o coronel permanece preso até o dia 27 de fevereiro, quando vence a temporária, ou se lhe for concedido um habeas corpus. Martins está preso desde o dia 28 de janeiro. Ele também é acusado de ter baleado outras cinco pessoas.

A solicitação de revogação havia sido apresentada à Vara de Inquéritos Policiais na semana passada pelos advogados do coronel, Sílvio Micheletti e Marilde Camar­go Pinheiro. Os defensores alegaram que Martins é inocente e que não estaria interferindo nas investigações, além de ter residência fixa e de não possuir antecedentes criminais.

Em sua decisão, no entanto, o juiz Pedro Luís Sanson Corat – o mesmo que havia decretado a prisão preventiva do coronel – considerou que não existem "fatos novos" que motivem a revogação da prisão. O magistrado argumenta que os fatos descritos na denúncia "se revestem de gravidade" e que há "fortes indícios quanto à autoria" dos crimes. Corat ressalta ainda que a manutenção da prisão dará maior tranquilidade ao trabalho de investigação conduzido pela polícia.

O advogado Sílvio Mi­­cheletti disse ontem que a defesa vai avaliar qual será próximo passo. "O caminho seria [impetrar um pedido de] habeas corpus. Entretanto, precisamos definir se isso será solicitado em um momento posterior", disse.

No fim de semana a polícia ouviu mais duas testemunhas do caso, entre elas a mãe de uma das vítimas. As duas testemunhas disseram que o coronel esteve na Rua Cleto da Silva – onde ocorreram quatro dos cinco ataques atribuídos ao ex-comandante – dias antes do último crime. O último ataque do qual o ex-comandante é suspeito ocorreu às 5h20 de 14 de janeiro deste ano, quando Luiz Rosalino Novalski, 45 anos, foi assassinado a tiros e outras duas pessoas foram baleadas.

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