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Cuiabá – A justiça federal de Mato Grosso autorizou a quebra de sigilo de 650 linhas de telefone que podem ter alguma relação com o dinheiro apreendido com petistas que tentavam comprar um dossiê contra tucanos. Segundo o delegado Diógenes Curado, responsável pelas investigações na Polícia Federal, a quebra de sigilo refere-se a contatos telefônicos mantidos por Gedimar Passos, Valdebran Padilha, Jorge Lorenzetti, Oswaldo Bargas, Hamilton Lacerda, Expedito Veloso e Freud Godoy. A Justiça vai investigar também as chamadas telefônicas que eles possam ter feito entre si.

Gedimar e Valdebran foram presos com R$ 1,7 milhão sem origem comprovada e, dias depois, foram libertados. Ambos tinham relações com o PT, e Valdebran era filiado do partido quando negociava a compra dos documentos com o chefe da máfia de superfaturamento das ambulâncias, Luiz Antônio Vedoin.

Lorenzetti e Bargas, que ajudaram a formular o programa de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição, admitiram participação no episódio e foram expulsos do PT na sexta-feira passada.

Lacerda, ex-assessor do candidato derrotado ao governo de São Paulo Aloízio Mercadante, e Veloso, ex-diretor do Banco do Brasil, também foram expulsos do PT. Freud Godoy, ex-assessor da Presidência, negou em depoimento a PF na segunda ter relação com o episódio.

Dados bancários

Além de investigar as ligações telefônicas dos sete, a PF vai examinar informações bancárias que foram levadas a Cuiabá pelo delegado Luiz Flávio Zampronha. De acordo com ele, todos aqueles que compraram dólares no Banco Sofisa estão sendo investigados.

Gedimar e Valdebran estavam em posse de US$ 248,8 mil para comprar o dossiê, e a PF recebeu do FBI (a polícia federal dos Estados Unidos) informações sobre o caminho de parte dos dólares apreendidos, chegando ao Sofisa.

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