São Paulo O juiz Richard Chequini, do 1.º Tribunal do Júri, determinou ontem a quebra de sigilo telefônico do coronel da reserva da PM de São Paulo e deputado estadual Ubiratan Guimarães, assassinado no último sábado, de sua namorada, a advogada Carla Cepollina, e de mais seis pessoas.
Chequini aprovou também o pedido do Ministério Público Estadual para que o processo corra em segredo de Justiça o que impede a divulgação de dados sobre as investigações. O prazo para a conclusão do caso, também determinado pelo juiz, é de 60 dias.
A polícia deverá receber entre terça e quarta-feira as informações de 12 linhas de telefones fixos e celulares. A mãe e advogada de Carla Cepollina, Liliana Prinzivalli, também está na lista das pessoas que terão o sigilo telefônico quebrado.
Segundo informou a polícia, na última segunda-feira, Cepollina confirmou uma discussão com o coronel depois de um telefonema recebido por Ubiratan no sábado.
Em depoimento à PF (Polícia Federal) de Belém (PA), a delegada Renata Madi disse ao delegado Uálame Machado ter tentado falar com Ubiratan por duas vezes no dia do crime, sem sucesso.
A PF informou que a delegada disse, em depoimento, ter sido atendida por Carla. No segundo telefonema, a namorada de Ubiratan teria relatado uma discussão do casal, segundo Renata.
Comandante da operação conhecida como massacre do Carandiru, que resultou na morte de 111 presos em 1992, Ubiratan foi morto com um tiro no abdômen, em seu apartamento, nos Jardins (zona oeste de São Paulo).
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