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São Paulo - Um dia depois de enviar projeto ambiental à Câmara, o prefeito Gilberto Kassab (DEM) decidiu retirar o artigo que autorizava o pedágio urbano na capital paulista. O trecho suprimido estava entre os 50 artigos da Política Municipal de Mudança Climática, espécie de plano diretor com metas em áreas como ambiente, trânsito e construção civil.

Segundo Kassab, que é candidato à reeleição e sempre adotou um discurso contra a medida, houve "falha operacional". "Em vez de encaminhar um projeto, [a prefeitura] encaminhou outro", alega. Para o prefeito, a medida é socialmente injusta.

Para o cientista político Carlos Melo, falar sobre pedágio urbano é uma "estratégia horrorosa’’ do ponto de vista eleitoral. "Ou ele é diferente dos outros e resolveu encarar uma proposta desgastante, o que não acredito, ou houve mesmo erro", avalia.

Apesar de favorável em tese à medida, o urbanista José Valente Filho, do Instituto de Engenharia de São Paulo, disse que a cidade hoje não tem condições de implantá-la sem melhorar o transporte público e as calçadas.

Já para o urbanista Pedro Taddei Neto, da USP, não há saída a curto prazo senão o pedágio. Também o ex-governador do Paraná Jaime Lerner defende a idéia, mas não como medida isolada. "São Paulo precisa de projeto de mobilidade urbana", diz.

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