A prefeitura de Curitiba teve prejuízo de R$ 15 mil, somente no mês de julho, como resultado de furtos e atos de vandalismo contra equipamentos de iluminação pública. Além dos prejuízos monetários, os furtos de lâmpadas, luminárias, cabos de cobre e alumínio e até postes de madeira, prejudicam milhares de usuários de praças e outros pontos de lazer que estão às escuras.
Entre os espaços que tiveram materiais de iluminação furtados está o Teatro do Paiol, que foi reformado há poucas semanas. Toda a rede subterrânea e 19 projetores fixados no exterior do teatro foram levados. Cada projetor custa cerca de R$ 500 e a prefeitura contabiliza prejuízo de R$ 10 mil no local.
Também foram alvo dos vândalos outros seis pontos da cidade: Praça Plínio Tourinho (Rebouças), Praça Mané Garrincha (CIC), Eixo de Animação Arnaldo Busato (Guaíra), Jardinete Raul Martim Brey (Xaxim), Praça Cláudio de Loyola (Alto Boqueirão) e Rua do Herval (Jardim Botânico). Na Praça Mané Garrincha, os cabos de alimentação dos postes do campo de futebol foram roubados. O operador de máquinas José Carlos Eleutério, de 41 anos, vive na região há 15 anos e conta que os furtos na rede elétrica da área de lazer do bairro são freqüentes. "Roubam o fio para vender. Há também usuários de drogas que apenas destroem para ficar na penumbra", diz Eleutério. O auxiliar de produção Marcílio Martins, 19 anos, que utiliza o espaço para jogar bola, conta que as luzes do campo voltaram a funcionar há duas semanas. "Antes, ficou mais de um ano estragado. Mas não demorou muito e alguém já arrebentou a caixa dos fios", reclama.
A prefeitura deve registrar hoje um boletim de ocorrência no 3.º Distrito Policial. "Na Rua Herval, no Jardim Botânico, roubaram até os postes de eucalipto tratado. Um morador ligou para a prefeitura perguntando por que tínhamos retirado os postes da rua e, só então, descobrimos que foram roubados", comenta Ivan Luiz Alves Martins, diretor do Departamento de Iluminação Pública de Curitiba.
Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, a Guarda Municipal, em parceria com as polícias Militar e Civil, deve intensificar as ações de combate a este tipo de crime. O tenente Wagner Araújo, da Comunicação Social da Polícia Militar, diz que a identificação das pessoas que compram materiais de iluminação pública é difícil. "O melhor é agir na prevenção, evitando que esses crimes ocorram", afirma.
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