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Quem anda por Curitiba já percebeu que o Oil Man – personagem incorporado pelo professor aposentado Nelson Rebello, 46 anos, que desde 1997 circula pela cidade de sunga e besuntado em óleo bronzeador – anda meio sumido. O motivo é simples: no último dia 14, por volta das 18 horas, Rebello teve a bicicleta roubada na BR-116, quando ia visitar uma ex-namorada no Jardim da Ordem, no Tatuquara.

"Três jovens se aproximaram de mim rindo e eu pensei até que eram fãs do Oil Man. Foi quando um deles sacou um revólver e pediu para eu largar a bicicleta e correr", informa Rebello. O assalto foi próximo do Ceasa. Entretanto, segundo o Oil Man, os jovens já o seguiam desde o Terminal do Pinheirinho.

O prejuízo ele calcula em R$ 1,8 mil: R$ 1,2 mil da bicicleta e mais R$ 600 do telefone celular. "O pior é que ainda estou pagando as prestações da bicicleta. Faltam 12", diz o personagem.

O motivo da reclusão não é o medo, mas sim o fato de que a bicicleta antiga, que ele chama de "Oil Bike 1", pode não agüentar mais o tranco. "Hoje pedalo uma média de 30 quilômetros por dia. Isso é bem mais do que quando comecei. A Oil Bike 1 está ultrapassada, não agüenta", afirma.

Já as Oil Bikes 2 e 3 ele não pretende mais tirar de casa por valores sentimentais – foi com a 2 que ele se apresentou no Programa do Jô. Além do prejuízo, o assalto também estragou os planos de Rebello de se tornar garoto propaganda, estampando a marca de algum produto na bicicleta.

Investigação

Rebello prestou queixa à polícia. Mesmo assim, o Oil Man foi atrás de informações por conta própria. "À paisana", como ressalta, ele voltou à região do crime. Foi também à Vila Palmeira, onde teria visto os assaltantes entrarem. "Não estou tentando fazer o trabalho da polícia. Só fui me informar da minha bicicleta e também ver quais são os lugares perigosos para não correr mais riscos", explica.

Segundo o Oil Man, as bicicletas que estavam com os assaltantes também eram caras. Para ele, isso indica que a região é um ponto visado para esse tipo de crime. "Quando eu voltava a pé para casa, ainda cheguei a avisar um casal que vinha de bicicleta para evitar o local. Mas eles ao invés de prestar atenção, riram...", lamentou.

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