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A reclamação dos comerciantes não fica restrita aos negócios. Eles também estão preocupados com a segurança dos clientes. Cenas de meninos de rua assaltando em semáforos tornam-se cada vez mais comuns na região. "No sábado, não dá para deixar carro estacionado. Logo já quebram o vidro", conta a lojista Clarice de Assis.

Segundo o tenente-coronel Jorge Costa Filho, comandante do 12.º Batalhão da Polícia Militar, responsável pela região central da cidade, a maioria das ocorrências na via ocorre durante a noite, o que dificulta a ação dos policiais. Um obstáculo para os patrulheiros é não ter visibilidade do interior dos estabelecimentos.

Outro problema apontado pelo tenente e pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) está relacionado ao pequeno número de boletins registrados pelas vítimas nas delegacias. "Muitas coisas acontecem, com prejuízo pequeno, que as vítimas não comunicam o fato. Se não tivermos informação, não temos como abordar", afirma Costa.

Segundo a Sesp, dois roubos foram registrados entre os dias 1.º e 23 de fevereiro no sistema de geoprocessamento da polícia, que permite levantar estatísticas e pontos considerados críticos em segurança pública. A Sesp explica que quando as pessoas deixam de registrar queixa, o problema não se reflete em números para asecretaria. Entretanto, as vítimas de todos os casos citados preencheram boletim de ocorrência.

Retrospectiva

A preocupação de moradores com a falta de segurança no Batel, um dos bairros mais elitizados de Curitiba, já foi exposta no início do mês, quando um grupo de crianças com cacos de vidro ameaçou pelo menos oito pessoas no cruzamento das ruas Visconde de Guarapuava e Coronel Dulcídio. Quatro foram assaltadas. Próximo dali, na esquina da Rua Bento Viana e Avenida Batel, na madrugada do dia 15, o caixa de uma loja de conveniência foi assassinado.

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