O secretário executivo da Fundação Oscar Niemeyer, Carlos Ricardo Niemeyer bisneto do arquiteto que morreu no último dia 5 , criticou ontem a decisão do governo do Distrito Federal de contratar, sem licitação, uma empresa de Cingapura para planejar os próximos 50 anos da capital do país. Ele participou de homenagem a Niemeyer na sede do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) no Rio.
"Fomos pegos de surpresa, não tivemos a oportunidade de participar do processo. Sem dúvida existe uma preocupação em relação a esse projeto Brasília by Cingapura. Seria muito importante que houvesse uma discussão com a população a respeito do que se espera da cidade", disse o bisneto de Niemeyer.
O contrato de planejamento estratégico com a empresa Jurong Consultants, denominado Plano Brasília 2060, foi assinado em Cingapura pelo governador Agnelo Queiroz (PT) no início de outubro.
Durante a cerimônia no IAB-RJ, cuja sede passou a ser denominada Casa do Arquiteto Oscar Niemeyer, Carlos disse que o fato de se tratar de uma empresa estrangeira não é um problema em si, mas que o processo configura "agressão ao plano de Lúcio Costa".
Em outubro, o secretário de Assuntos Estratégicos do DF, Newton Lins, disse que a Jurong foi escolhida por apresentar "técnica inovadora de análise territorial" e possuir "larga experiência em macrozoneamentos, com portfólio invejável de projetos espalhados pelo mundo". "A essência é muito mais de desenvolvimento econômico do que urbanístico", disse Lins na ocasião.
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