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Ouro Preto e Brasília – Em conversas reservadas com pessoas próximas, a recepcionista da pousada Ouro Preto, na cidade mineira de mesmo nome, Viviane Gomes da Silva fez revelações que comprometem os donos da casa de câmbio Vicatur, com sede em Nova Iguaçu e investigada no caso dos dólares usados para compra do dossiê contra tucanos. Viviane da Silva contou que donos da Vicatur ofereceram vantagens financeiras e até um bom advogado se ela decidisse assumir a responsabilidade pela compra de US$ 284,8 mil vendidos pela corretora no início do mês passado. O objetivo seria manter em segredo o verdadeiro dono dos dólares, supostamente um dos arrecadadores de parte do dinheiro do dossiê.

Viviane contou que recusou a oferta diante da forte repercussão do caso no noticiário, que ela tem acompanhado pela televisão. Desde então, a recepcionista teria recebido diversas ameaças de represálias.

Viviane aparece nas fichas de controle da Vicatur como a compradora de US$ 44,3 mil, uma das parcelas dos US$ 284,8 mil vendidos ao suposto arrecadador do dinheiro do dossiê.

Viviane e outros familiares foram usados como laranja pela corretora para esconder a identidade do comprador do dinheiro. Em depoimento à PF, Viviane declarou que não é a dona do dinheiro, comprado no dia 21 de agosto, e até revelou os nomes de seis familiares arrebanhados pela Vicatur na operação de camuflagem da venda dos dólares.

Com base nessas e em outras informações, os delegados encarregados do inquérito sobre a origem dos R$ 1,7 milhão usados na tentativa de compra do dossiê, entendem que os donos da Vicatur poderão ser acusados de coação de testemunhas e obstrução das investigações.

Como estão numa situação delicada, a PF acredita que os donos da casa de câmbio poderão acabar colaborando com as investigações.

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