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Projeto prevê padronização das barracas da feirinha

A prefeitura promete melhorias na infra-estrutura da Feira do Largo da Ordem, que acontece aos domingos no setor histórico de Curitiba, no bairro São Francisco. A proposta foi apresentada, há quase dois meses, pelos técnicos do Instituto Municipal de Turismo aos integrantes da Comissão de Artesãos da Feira do Largo, mais ainda não tem data para ser implantada.

Segundo a prefeitura, o projeto tem apoio do Ministério do Turismo e prevê a padronização das barracas e uniformes para os artesãos, além de logomarca própria que será aplicada nas lonas das barracas, sacolas e pacotes e etiquetas de produtos vendidos na feira.

A Feira do Largo da Ordem recebe a cada domingo uma média de 15 mil pessoas, que percorrem o local para conhecer o artesanato oferecido por mais de mil expositores. Além de uniformizar a cor das barracas, a proposta da prefeitura é criar um formato padrão para as tendas de gastronomia, de artesanato e de antigüidades. Os artesãos e artistas poderão ser identificados por camisetas ou aventais com aplicação da logomarca da feira.

Outros produtos deverão complementar a estratégia de marketing, como sacolas e bolsas criadas para carregar produtos comprados na feira, além de etiquetas, selos e cartão-postal.

Diante da ineficiência do bloqueio de veículos no setor histórico do Largo da Ordem, em Curitiba, instituído em 2005, a prefeitura decidiu aumentar a fiscalização no local. A partir de amanhã, agentes da Diretoria de Trânsito de Curitiba (Diretran) irão impedir a entrada de veículos em duas vias de acesso. Serão colocados floreiras e pontaletes (postes metálicos) para garantir que o trânsito nas ruas São Francisco (a partir da travessa Nestor de Castro) e Doutor Claudino dos Santos (a partir da rua do Rosário) fique definitivamente interrompido.

Na terceira via de acesso, a Mateus Leme, não haverá barreira física, mas a entrada será exclusiva para veículos de carga (máximo de 1,8 tonelada) do comércio local, moradores e viaturas da Guarda Municipal e da Polícia Militar.

O administrador regional da Matriz, Omar Akel, diz não possuir os dados de quantos motoristas serão atingidos pela mudança. "O local não é significante com área de estacionamento para a cidade, mas é extremamente importante ter a área livre", afirma. Segundo Akel, a falta de fiscalização trouxe danos ao patrimônio histórico. "Na medida em que a fiscalização deixou de ser rigorosa, as pessoas foram aproveitando."

Passados dois anos de implantação do bloqueio, alguns pontaletes que impediam o acesso à Doutor Claudino e floreiras da Rua São Francisco foram retirados. "Se não resolver (a fiscalização), vamos voltar ao poder municipal e reivindicar", afirma o presidente do Conselho Comunitário de Segurança do Setor Histórico de Curitiba, Alberico Ventura do Nascimento.

Orientação

Há quatro semanas, a Guarda Municipal orienta os motoristas sobre o fechamento da via. O guarda municipal André Bressan conta que filas de veículos estacionados dificultavam a passagem de pedestres. "Havia também perigo de atropelamento por causa de alta velocidade", diz.

Na sexta-feira, porém, ainda era possível constatar irregularidades. A assistente social Flávia Zorzi estacionou o carro no setor histórico por desconhecer a regra. "Agora que olhei a placa. Mas sempre vi um monte de gente entrando", afirma. Ela diz ser a favor do fechamento da rua, assim como a maioria dos freqüentadores da região.

"É ótimo o bloqueio, até mesmo porque paralelepípedo não foi feito para andar de carro", opina a pedagoga Edilane Santos. A funcionária pública Maria Bárbara Souza Pires conta que usualmente é pega de surpresa com a presença de veículos. "Ando aqui como se fosse na Rua XV de Novembro (calçadão para pedestres) e de repente aparece um veículo", reclama.

Já o proprietário de um bar Gabriel Cordeiro Strobel acha o bloqueio um erro e teme que haja queda no movimento de clientes. Segundo ele, os veículos transitando não apresentam risco para os clientes do lado de fora do bar e que, quando a rua é fechada, o movimento diminui. "Quem gasta R$ 10 a mais para o estacionamento pensa duas vezes antes de vir para o bar."

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