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Pesquisa do Núcleo de Saúde Auditiva Ambiental e Ocupacional da Universidade Tuiuti do Paraná (UTP), publicada no ano passado, demonstra que o barulho gerado por animais é uma das principais causas de reclamação da população de Curitiba referente a ruídos. Segundo o levantamento, 21% das 862 pessoas consultadas na pesquisa, intitulada "Ambiente Urbano e Percepção da Poluição Sonora", consideravam o barulho de animais como a principal fonte de ruídos. Esse tipo de barulho ficou atrás apenas do tráfego de veículos (67%), do ruído dos vizinhos (33%) e de sirenes (23%).

A coordenadora da pesquisa, a fonoaudióloga Adriana Lacerda, explica que o barulho constante de animais não chega a ocasionar danos auditivos, mas se revela de outras formas no organismo. "Quem fica exposto a esse barulho constante fica irritado, com falta de concentração e ansiedade, entre outros desconfortos", afirma.

É o caso da farmacêutica Elaine Victor, 34 anos. Os latidos constantes de cachorro da raça cocker do vizinho a irritam a tal ponto que certos dias ela é obrigada a sair da própria casa, no bairro Mercês. "Parece que o cachorro está dentro da minha casa, eu fico muito irritada", diz.

Elaine afirma que de manhã até a noite, quando não há ninguém no vizinho, o cachorro, que fica do lado de dentro de casa, não pára de latir e uivar. Mesmo assim, ela jamais procurou conversar com o vizinho. Optou por outras formas de fazer com que o dono percebesse o incômodo. "Mesmo quando eles estão em casa ele late. Então ligo o som alto para eles se tocarem." (MXV)

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