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Familiares e amigos já realizaram protesto pedindo justiça pela morte da copeira Rosária Miranda da Silva | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Familiares e amigos já realizaram protesto pedindo justiça pela morte da copeira Rosária Miranda da Silva| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Laudo do Instituto de Criminalística, divulgado nesta quinta-feira (9), comprova que um estojo balístico encontrado no local da morte da copeira Rosária Miranda da Silva, de 44 anos, saiu da arma da investigadora Kátia das Graças Belo. Rosária foi morta após ser atingida por um tiro, no dia 23 de dezembro, enquanto comemorava com colegas de trabalho o final do ano. A policial civil já foi indiciada por homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e sem chance de defesa para a vítima, e aguarda o julgamento em liberdade. Segundo a investigação, Kátia teria ficado irritada com o barulho da festa e disparado contra o grupo. A defesa da policial sustenta que ela fez apenas um disparo e que o tiro foi direcionado para o chão.

Conforme o laudo assinado pela perita criminal Jandira Romana Carneiro Bolda, o estojo em questão é de um projétil calibre ponto 40 e procede de um cartucho deflagrado de uma pistola apreendida na casa da investigadora.

Para o advogado da família da copeira, Ygor Salmen, essa é mais uma prova da autoria do crime. Já a defesa da investigadora informou que o laudo, direta ou indiretamente, “beneficia a ré”. “O projétil é que poderia comprovar algo não foi encontrado. E o estojo confirma o que a Kátia falou desde o início: que ela deu apenas um tiro em direção ao chão”, disse o advogado Peter Amaro de Sousa. O defensor da ré também questiona a forma como foi encontrado o estojo.

Durante o curso das investigações, a polícia chegou a fazer um pedido de prisão temporária (por 30 dias) de Kátia, mas ele foi negado pela juíza Ana Carolina Ramos. Na ocasião, a polícia identificou com base em testemunhos sigilosos que o tiro disparado contra a copeira não havia sido o primeiro efetuado pela investigadora. Ainda de acordo com as investigações, havia um suposto histórico de medo que a policial imporia aos vizinhos e testemunhas.

A Polícia Civil também identificou um vídeo que registrou três clarões da janela da investigadora. A imagem foi feita por uma câmera de segurança de uma empresa, localizada perto da residência da policial, na região do Centro Cívico. O material foi incluído no inquérito policial enviado ao Ministério Público.

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