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O laudo oficial divulgado pelo Instituto de Criminalística e entregue à Policia Civil nesta quarta-feira (12) descarta qualquer possibilidade do ex-presidiário Jorge Luiz Pedroso Cunha, de 52 anos, e do primeiro suspeito interrogado serem os assassinos da menina Rachel Genofre. O laudo preliminar divulgado na terça (11) já apontava que os dois suspeitos eram inocentes do crime, com 99% de certeza.

A Polícia Civil busca agora novas pistas nos quartos de hotéis e pensões do centro de Curitiba, segundo informações da Agência Estadual de Notícias (AEN). Segundo o delegado-chefe do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), Miguel Stadler, os policiais querem descobrir para onde Rachel foi levada pelo assassino no dia do crime, antes de ser morta. Segundo ele, as linhas de investigação que a Polícia seguem precisam ser reforçadas, mas os detalhes não serão divulgados por enquanto.

Agentes envolvidos no caso também estão conversando com familiares e pessoas próximas da família para tentar encontrar novas pistas.

Crime

Rachel estava desaparecida desde as 17h30 de segunda-feira (3), quando saiu do Instituto de Educação, onde estudava. A menina ia e voltava sozinha da Vila Guaíra, onde morava, até a escola, de ônibus, todos os dias. O desaparecimento já estava sendo investigado desde a segunda-feira (3) pelo Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride).

A mala foi encontrada embaixo de uma das escadas do setor de transporte estadual, por uma família indígena, que estava morando no local havia duas semanas. O corpo estava inteiro, ainda com o uniforme do colégio e apresentava sinais de estrangulamento. Os médicos do IML confirmaram que a menina sofreu violência sexual.

O crime chocou família, amigos, e pais colegas da menina. Rachel cursava a 4.ª série no e em outubro de 2007, quando estava na 3.ª série, ela ganhou o terceiro lugar no 13.º Concurso Infanto-Juvenil de Redação, promovido pela Seção Infantil da Biblioteca Pública do Paraná. Este ano recebeu o primeiro prêmio no mesmo concurso.

O corpo de Rachel foi enterrado por volta das 10h30 de quinta-feira (6) no Cemitério do Santa Cândida. O sepultamento aconteceu debaixo de muita chuva, acompanhado por mais de 100 pessoas, entre amigos, colegas de escola e familiares.

Os suspeitos

A polícia ouviu o depoimento de um suspeito do assassinato da menina Rachel na tarde da sexta-feira passada (7). O homem, no entanto, não ficou preso e depois de ouvido foi liberado. Mesmo assim, os policiais recolheram amostras para exame de DNA, para comparar com o material encontrado junto com o corpo da menina.

O ex-presidiário Jorge Luiz Pedroso Cunha, de 52 anos, foi preso no domingo (9) em Itajaí, Santa Catarina. Cunha chegou a ser considerado o principal suspeito do crime.

Desenhista, Jorge Cunha cumpriu pena por 18 anos de reclusão. Em 2005, o Conselho Penitenciário do Paraná aprovou, por unanimidade, um pedido de comutação de pena e ele saiu da prisão no ano seguinte. Em 2007, Cunha teria cometido atentado violento ao pudor em uma criança do litoral paranaense. A Justiça expediu mandado de prisão e, por isso, Cunha permanece preso, mesmo que esteja isento do assassinato de Rachel.

Serviço

Quem tiver informações que possam ajudar nas investigações sobre o assassinato de Rachel pode entrar em contato com a Delegacia de Homicídios pelos telefones 3363-0121 e 3363-1518. A identidade do informante será mantida em sigilo.

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