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O acusado de ter mutilado as duas patas traseiras de um cachorro há cerca de duas semanas em Bocaiúva do Sul, na região metropolitana de Curitiba, prestou depoimento nesta quinta-feira na Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente. A proprietária do vira-lata, Silvia Kras, levou o animal na última segunda-feira para receber tratamento na Sociedade Protetora dos Animais (SPA) de Curitiba.

A queixa foi encaminhada pela SPA à polícia. Se comprovados os maus-tratos, a pena é de três meses a um ano de detenção, conforme o artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais. A polícia também ouviu o irmão do acusado, que trabalha como caseiro na chácara da dona do cachorro – foi a esposa dele quem encontrou o cão machucado e avisou Sílvia.

No depoimento, o acusado alegou que os ferimentos foram causados por outros cães que cria na chácara onde aconteceu a agressão, na localidade de Bom Retiro, em Bocaiúva do Sul. Segundo o acusado, o cachorro, chamado Falcão e que tem 4 anos de idade, constantemente entrava em sua propriedade para atacar as galinhas que cria.

As médicas veterinárias da SPA, que cuidam de Falcão, estão providenciando um laudo a ser anexado pela polícia no inquérito. "Esse laudo é que vai realmente mostrar como o cachorro foi ferido", afirma o superintendente da delegacia, Mauro Sérgio Lustosa.

A veterinária Flávia Pereira, da SPA, já descarta porém a possibilidade do cão ter sido atacado por outros cachorros. "Quando brigam entre si, os cachorros tentam atingir o pescoço, principalmente a cabeça e o abdome. E ele não apresenta nenhum ferimento nesses locais", aponta. Flávia ainda ressalta que os ferimentos nas patas de Falcão não são dilacerantes, como os causados por mordidas. Falcão está sendo medicado com antibióticos e analgésicos e terá de ser operado para evitar novas infecções.

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