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Santificação caminha a passos largos

A Congregação para a Causa dos Santos do Vaticano receberá nesta semana as provas definitivas para beatificação de João Paulo II, morto em 2005. Pelas regras da Igreja Católica, seria necessário mais um milagre para que a beatificação converta-se em canonização, fazendo do antigo papa um santo. Mas, como líder supremo dos católicos, Bento XVI pode decidir pela canonização diretamente.

Em maio de 2005, o atual papa deu início a um processo rápido para garantir a santificação de João Paulo II, abrindo mão da norma segundo a qual seria necessário esperar cinco anos depois da morte de alguém para iniciar o procedimento de beatificação.

A rapidez com a qual esta etapa foi superada não tem precedentes na história da Igreja em muitos séculos. Até o momento, o caso processado com maior rapidez foi o de Madre Teresa de Calcutá, que levou dois anos e terminou com sua beatificação em 2003, seis anos depois de seu falecimento.

O milagre atribuído a João Paulo II é a cura de uma freira francesa que sofria do mal de Parkinson. Amanhã, Bento XVI celebra uma missa para lembrar os dois anos da morte de seu antecessor.

Nesta segunda-feira, quando o mundo lembra os dois anos da morte do papa João Paulo II, um grupo de leigos reúne-se em Curitiba para a criação de um espaço dedicado à preservação da história e memória do pontífice. Será o lançamento do Instituto João Paulo II, estruturado com o objetivo de promover e partilhar o legado espiritual deixado pelo santo padre.

A iniciativa é liderada por Tadeu Kowalec, polonês que vive em Curitiba há 25 anos. Tadeu do Pierogi, como é tradicionalmente conhecido, explica que o instituto terá função pastoral, de educação na fé cristã, mas também social. "Queremos, a partir dos ensinamentos deixados pelo papa, desenvolver um trabalho de resgate da cidadania junto aos jovens e adolescentes em situação de risco."

Além de cadastrar os interessados em participar do projeto, outra prioridade é buscar o apoio da sociedade civil organizada. A meta é atrair pessoas comprometidas com a causa, mas que também tenham uma relação político-social possível de ser canalizada em prol dos serviços e demandas geradas pela organização, destaca Tadeu.

Após a constituição jurídica da entidade, o que deve ocorrer nos próximos 60 dias, será encaminhado um ofício ao Vaticano com informações sobre a instituição e seus objetivos. A intenção, segundo Tadeu, é receber uma benção especial e ter o trabalho reconhecido pelas autoridades da Santa Sé.

Para fortalecer o instituto, Tadeu espera contar com o apoio da colônia polonesa no estado. São 1,5 milhão de pessoas no Paraná. Além disso, ele ainda aposta no aval do consulado polonês, que tem sede na capital, a considerar o número de imigrantes e descendentes que vivem em Curitiba e região metropolitana, estimado em 400 mil.

O encontro de amanhã deve atrair admiradores e devotos de João Paulo II das mais diversas classes sociais e ocupações, entre os quais religiosos, empresários e profissionais liberais. O lançamento do projeto será precedido de uma missa e a apresentação de um vídeo sobre a vida de João Paulo II. A reunião ocorre num endereço residencial do Centro Cívico, onde irá funcionar a sede provisória do instituto.

A criação da entidade está sendo acompanhada pelo padre vicentino Jorge Morkis, natural da Polônia e radicado no Brasil. Estudiosos da Filosofia e da Teologia também devem assessorar o trabalho.

Serviço: Mais informações sobre o Instituto João Paulo II no telefone (41) 3078-6260.

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