A saída de veículos dos pátios das delegacias depende da Justiça e da avaliação de peritos. Em Maringá, também há lotação nos pátios da Polícia Rodoviária e da 13.ª Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran). São aproximadamente 780 veículos nos dois espaços. O chefe da 13.ª Ciretran, Ideval de Oliveira, explica que a ocupação gira em torno de 80%. "Sempre são realizados leilões para evitar que os pátios fiquem cheios."
O próximo leilão será em outubro, com 35 veículos. Outro deve ser feito no fim do ano, com 150 veículos. Para serem leiloados, os bens passam por avaliação de uma comissão do Detran. Antes do leilão, o proprietário é notificado judicialmente para retirar o veículo, quitando as pendências financeiras ou regularizando a documentação. Se isto é feito, a Justiça faz um alvará liberando o bem. Só podem participar dos leilões empresas de desmanches.
Para agilizar os leilões, uma equipe do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) está visitando os depósitos de veículos nos postos da Polícia Rodoviária do Paraná para avaliar e cadastrar bens que possam ser leiloados. O trabalho começou há dois meses e deve ser concluído nos próximos três meses, com a visita a 63 postos policiais. A estimativa do engenheiro do DER, Líbio Pancheniak, é que aproximadamente 1,7 mil veículos sejam relacionados e formem 100 lotes. Eles serão vendidos como sucata. As datas e locais dos leilões ainda serão agendadas.
O acúmulo de dívidas é um dos motivos que faz com que os proprietários abandonem seus veículos nos pátios. Além de impostos que podem estar atrasados e dos danos em casos de acidente, os veículos também acumulam dívidas de taxa de estadia. (AY)
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