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A entrega da ponte da BR-116 sobre o Rio Capivari-Cachoeira, que desabou em janeiro de 2005 e é a principal ligação do Sul do Brasil com São Paulo, é adiada mais uma vez. O novo prazo do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (Dnit) para a liberação do tráfego é 15 de março.

O Dnit admitiu nessa semana não haver condições de cumprir o prazo anteriormente estipulado, final de fevereiro. A justificativa é o excesso de chuvas – embora o Instituto Tecnológico Simepar aponte que as médias volumétricas de chuva nos meses de janeiro e fevereiro desse ano tenham sido inferiores às médias históricas registradas na estação hidrológica do Capivari, que mede precipitação e vazão na região.

Mesmo fevereiro sendo um mês tradicionalmente chuvoso, o Dnit se surpreendeu com a freqüência das chuvas. "Não esperávamos chuvas tão seguidas assim", afirma o engenheiro-supervisor do Dnit, Ronaldo Jares. A Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná (Fetranspar) já esperava que o prazo não fosse cumprido. "Em janeiro, observamos no local que não ia ser possível entregar a ponte em fevereiro. Torcemos para que ocorra em março, mas se estão reclamando das chuvas de fevereiro, imagina as típicas de março", diz o presidente da Fetranspar, Luiz Anselmo Trombini.

Na próxima semana, a Fetranspar promete se reunir com sindicatos para tomar uma posição e organizar protestos contra a demora nas obras. "Vão passando os meses e eles vão nos enganando com esses prazos", critica Trombini.

Obra

Segundo o Dnit, as chuvas teriam atrasado a etapa final e mais delicada da reconstrução da ponte. "A chuva não permite a cura do concreto. Antes de liberá-la é necessário que o concreto atinja a rigidez necessária", explica Jares. Os pilares já foram reforçados e os guarda-corpos concretados. A nova ponte terá 40 metros a mais.

Até o final de março, o Dnit deve entregar revitalizada também a ponte que não caiu. Haverá troca de juntas de dilatação (que conectam a ponte à estrada) e aparelhos de apoio (instalados entre a viga e o pilar). O custo, incluído a instalação de duas balanças, é de R$ 29 milhões.

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