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 | Hugo Harada/ Gazeta do Povo
| Foto: Hugo Harada/ Gazeta do Povo

Exemplo

Pró-atividade e mais comunicação

Basta perguntar à professora Denise Padilha as principais mudanças que ela e o marido, o engenheiro mecânico Hélio Padilha, notaram no filho, Hiann, de 11 anos (foto), depois que se tornou escoteiro, que ela nem precisa pensar duas vezes.

"Antes, o Hiann não se propunha a ter iniciativa. Com o tempo, desenvolveu uma pró-atividade incrível", diz. Para ela, também é nítido como o filho aumentou sua fluência verbal.

Desde os 8 anos o menino demonstrava interesse no escotismo. Em março do ano passado, o sonho foi realizado. "É muito divertido. Consegui fazer novos amigos e aprendi muita coisa, como fazer fogueira."

Educar uma criança confiante, que sabe trabalhar em equipe, tem autonomia e é consciente de seu papel no mundo. Quem é pai sabe que essa é uma tarefa nada fácil, mas ficar de olho nos ensinamentos do escotismo e adaptar alguns para o seu dia a dia é uma dica e tanto para tornar essa missão menos complicada.

Criado pelo militar inglês Robert Baden-Powell, o escotismo é um movimento educacional não-formal que trabalha com alguns campos de desenvolvimento, como físico, social, intelectual e de caráter. Para José Mário Moraes e Silva, diretor de projetos da União dos Escoteiros do Brasil - Região Paraná, uma das lições mais importantes do escotismo é que todas as crianças e adolescentes precisam ser estimulados a serem adultos autônomos.

A seguir, você vê quatro lições do escotismo que ajudam na hora de educar os pequenos em situações do dia a dia.

Cozinhar

A partir dos 11 anos, são as crianças que cozinham nos acampamentos – por questões de segurança, sempre monitoradas por adultos. Por isso, desde cedo elas começam a aprender como planejar as refeições. No dia a dia, vale a pena estimular pequenas aulas em casa com os familiares. Além de aproximar pais e filhos, o ato de cozinhar amplia a independência e pode até revelar um talento até então desconhecido da criança para a culinária.

Cuidar da saúde

É quase impossível se tornar escoteiro sem ter pe­lo menos uma noção de primeiros socorros e técnicas de salvamento. Saber o que fazer diante de um corte ou um afogamento é fun­damental. Os escoteiros ainda estimulam a prática de acampamentos, caminhadas, esportes e brincadeiras. Em ca­sa, é importante valorizar isso e estimular os pequenos a praticarem alguma atividade física, pelo menos três vezes por semana por cerca de 50 minutos.

Adaptar-se às circunstâncias

Alguns dias antes de fazer um acampamento, um escoteiro sempre verifica a previsão do tempo. Não é raro ela garantir um fim de semana de sol e, depois, o tempo virar. Por isso, as mochilas são preparadas já contando com imprevistos. Por saber conviver com as dificuldades, a criança se sente mais confiante para encarar a vida de uma maneira mais leve, sabendo de suas possibilidades e limites.

Valorizar a vida em grupo

Desde os primeiros anos, é importante estimular a criança à vida em grupo, valorizando oportunidades de tirá-los da frente do computador e fazer contato com outras crianças. Boas dicas são praticar algum esporte ou o próprio escotismo. Ao viver em grupo, eles aprendem a liderar e serem liderados, além de seguir um código de ética, manter a disciplina, respeitar os compromissos e as opiniões.

Fontes: Adriano Koehler, chefe de tropa do Grupo Escoteiro Santos Dumond; e José Mário Moraes e Silva, diretor de projetos da União dos Escoteiros do Brasil - Região Paraná.

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