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O vereador de Salvador, Marco Prisco (PSDB), líder de greves da Polícia Militar na Bahia, foi internado em uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) após sofrer um infarto ontem, no presídio da Papuda, em Brasília.

Prisco foi preso dia 18 de abril deste ano, um dia após o anúncio do fim da última greve da PM na Bahia, entre os dias 16 e 17. Neste período, Salvador registrou 52 homicídios.

A Aspra (Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares da Bahia), entidade que Prisco preside, divulgou nota informando que o infarto ocorreu após "tentativa frustrada de fuga de internos" da unidade prisional, onde o vereador está preso por supostos crimes durante a greve da PM de 2012.

Segundo a Aspra, Prisco sentiu fortes dores no peito e está sendo tratado pela médica plantonista da UPA, São Sebastião, como vítima de infarto, após ser ameaçado de morte pelos internos e ser acusado de "informante".

Ainda segundo a associação, "agentes federais conseguiram impedir a iniciativa e, conforme informações, outros presos passaram a ameaçar o vereador por acreditar que, por ser representante de policiais militares, teria indicado a iniciativa de evasão para os federais".

Para a Aspra, Prisco tem de ser transferido para outro local que dê atendimento mais adequado.

"Na unidade médica, o advogado Leonardo Mascarenhas [da Aspra] foi informado pela médica plantonista de que o vereador está sendo tratado como caso de infarto e a unidade médica não tem condições e atendê-lo da forma adequada".

Ainda não há perspectivas de transferência de Prisco. Ele tentou derrubar no STF (Supremo Tribunal Federal) a decisão judicial que o mantém preso preventivamente por 90 dias, mas o ministro Ricardo Lewandowiski negou o pedido.

Segundo o MPF (Ministério Público Federal) da Bahia, autor do pedido de prisão, na greve de 2012 Prisco "afiançava atos de vandalismo voltados a inspirar terror na população e obter influência nas negociações, chegando ao cúmulo de se valer de manobras e táticas militares para atingir seu escopo".

Dentre os supostos crimes cometido pelo ex-PM estão "a tomada de assalto de prédios públicos (quartéis e o prédio da Assembleia Legislativa da Bahia), a paralisação dos serviços policiais e a interdição em rodovias federais que passam pelo estado (BRs 101 e 116 próximo à Vitória da Conquista e Santo Antônio de Jesus)".

A defesa de Prisco nega os crimes e, sobre a ocupação na Assembleia Legislativa da Bahia, diz que ela não ocorreu, tendo os policiais acampados do lado de fora da Casa. "Em nenhum momento os policiais e bombeiros militares impediram o funcionamento do Legislativo", diz a defesa.

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