• Carregando...
Revolta na Penitenciária Central do Estado deixou seis mortos em janeiro | Aniele Nascimento/Arquivo Gazeta do Povo
Revolta na Penitenciária Central do Estado deixou seis mortos em janeiro| Foto: Aniele Nascimento/Arquivo Gazeta do Povo

Os líderes da rebelião ocorrida em janeiro estão de volta ao Complexo Penitenciário de Piraquara, na região metropolitana de Curitiba. A informação foi confirmada por Cezi­nando Paredes, diretor do De­­par­tamento Peniten­ciário do Paraná (Depen-PR), órgão ligado à Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania (Seju). Entre os 23 detentos que retornaram estão alguns dos que comandaram a revolta, que deixou seis mortos. Eles seriam ligados à facção criminosa Primeiro Co­­mando da Capital (PCC).

A volta dos presos leva mais temor ao lugar que vive sob tensão desde o início do ano, com de­­núncias de tiros de balas de bor­racha de policiais e pouca assistência aos detentos. "É preocupante isso. Esperávamos que eles ficassem mais um ano e meio em Catanduvas", lamenta Paredes. Os presos estavam na penitenciária de segurança máxima de Catan­duvas, no Oes­te do estado. Segundo Pare­des, outros 26 transferidos na época da rebelião foram levados para um presídio no Mato Grosso.

O motivo do retorno dos presos seria uma falha na co­­municação entre a Vara de Execuções Penais (VEP), da Justiça Estadual, e a Vara de Execuções Penais, da esfera federal. De acordo com Paredes, o governo Esta­dual pediu para que os presos continuassem em Catanduvas. Entre­tanto, os juizes da VEP estadual não teriam enviado a documentação necessária à permanência.

O juiz federal Nivaldo Brunoni explicou que a lei permite, em caso de urgência, como ocorreu em janeiro, a transferência de presos de forma imediata. Entretanto, relata o juiz, depois disso é necessário que o juiz estadual ouça a defesa de cada preso e o Ministério Público. Em seguida, o magistrado estadual decide se o perfil de cada detento tem as características para permanecer em um presídio federal. Segundo Brunoni, isso não foi feito. A reportagem procurou o órgão estadual, mas não encontrou ninguém que pudesse esclarecer o ocorrido.

Ao Sindicato dos Agentes Peni­ten­ciários do Estado do Paraná (Sindarspen), a informação oficial é de que apenas um dos presos voltará à Penitenciária Central do Estado (PCE). Os demais serão distribuídos entre a Peni­tenciária Estadual de Piraquara e o Centro de Detenção e Ressocia­lização de Piraquara.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]