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Uma liminar (decisão provisória) da Justiça Federal proíbe duas agências brasileiras de enviar modelos para o exterior.

A decisão ocorreu após denúncia do Ministério Público Federal de São Paulo de que três jovens, uma delas de 15 anos, foram mantidas em cárcere privado na Índia.

As modelos, duas de São José do Rio Preto (SP) e uma de Conselheiro Lafayette (MG), ficaram dois meses em Mumbai e foram resgatadas em dezembro de 2010.

Elas foram recrutadas pela agência Raquel Management, que tem sede em São José, e pela Dom Agency Model’s, de Passos (MG).

O nome das modelos não foi divulgado.

Na ação, elas dizem que eram proibidas de sair do prédio por um vigia e que ficaram em um apartamento onde só havia água em parte do dia, além de sofrerem ameaças e assédio sexual. Também afirmam que trabalhavam para pagar dívidas.

As modelos foram resgatadas após o pai de duas delas pedir ajuda ao Consulado do Brasil em Mumbai.

Na época, o consulado constatou que o prédio ficava em uma área conhecida por ser zona de prostituição.

O procurador Jefferson Aparecido Dias alertou sobre os riscos para as modelos. "Quando chegam lá e não é nada do que foi dito".

Outro lado

O dono da Dom Agency Model’s, Benedito Bastos, nega as acusações e diz que houve um mal entendido. "Elas não estavam em cárcere privado. Elas tinham notebook, MSN, saíam para as baladas e toda hora iam para a padaria", afirma.

"Existia um vigia que não bloqueava a saída delas. Apenas perguntava para onde iam e se queriam que ele fosse junto", diz.

Bastos afirma ainda que o contato com a agência indiana foi feito pela Raquel Management, e que desde a ação não envia mais ninguém para o exterior.

Funcionários da Raquel Management disseram que o que ocorreu "foi um engano" e que a empresa não iria comentar o caso.

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