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Pedestres e ciclistas usam canaleta desativada da Linha Verde | Antonio Costa/Gazeta do Povo
Pedestres e ciclistas usam canaleta desativada da Linha Verde| Foto: Antonio Costa/Gazeta do Povo

Pedestres ignoram ciclovia e usam canaleta para lazer

A primeira etapa da Linha Verde já foi inaugurada, porém, como os ônibus ainda não circulam pelas canaletas exclusivas, o espaço ganhou outra finalidade: pista para caminhada e ciclovia. Na sexta-feira à tarde, diversas pessoas aproveitavam a tranquilidade da canaleta para praticar esportes. Será assim até março, porque depois os biarticulados começam a funcionar na via.

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Contrapartida

Trincheiras podem sair antes

Mesmo com a previsão de que a execução da segunda etapa da Linha Verde comece em 2010, duas obras deste trecho podem ser iniciadas ainda neste ano. Quando a missão de análise do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) vier a Curitiba, a prefeitura pretende propor que as obras para a execução da trincheira da Gustavo Rattman e do binário Chile/Guabirotuba sejam feitas antes da assinatura do contrato de financiamento com o BID.

Embora estejam previstas dentro do pacote, elas seriam feitas com recursos próprios do município e depois entrariam como a contrapartida que a prefeitura deve dar no financiamento. Se o BID aceitar, a trincheira da Gustavo Rattman e o binário da Chile devem ser licitados no segundo semestre.

Retoque

Primeira etapa está quase finalizada

As obras da primeira etapa da Linha Verde se concentram hoje no trecho entre o viaduto da Avenida das Torres e o Centro Politécnico. O trecho viário de cinco quilômetros entre o Pinheirinho e a Estação Santa Bernadethe já foi entregue em dezembro. Um outro trecho viário de 2,1 quilômetros, entre a Estação Santa Bernadethe e o Viaduto da Marechal Floriano Peixoto, ficou pronto este mês. Nestes dois trechos ainda falta acertar os últimos detalhes para colocar em funcionamentos as linhas de ônibus, o que deve ocorrer em março. Até maio, o trecho entre o Viaduto da Marechal e o Jardim Botânico, o último da primeira etapa, será entregue. (TC)

  • Veja quais são as fases do projeto da Linha Verde

No início, a primeira etapa da Linha Verde, entre o Pinheirinho e o Jardim Botânico, seria feita em um ano e meio. E o dinheiro do empréstimo, contratado pela prefeitura de Curitiba junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), daria, senão para a segunda etapa completa, ao menos para iniciá-la. De lá para cá já se foram dois anos de obras. A primeira etapa da Linha Verde entra em fase de finalização apenas agora e não há dinheiro para a segunda etapa. Com isso, o novo trecho deve começar a ser executado somente em 2010.

Para começar as obras do segundo trecho, entre o Jardim Botânico e o Atuba, um novo empréstimo está em negociação com o BID. A expectativa é de que este contrato seja assinado em um tempo menor do que o anterior. Mas, mesmo assim, o trâmite é demorado. "Normalmente, leva de dois a três anos para sair o empréstimo. Esperamos que este saia em um tempo mais curto, algo em torno de um ano", afirma o presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), Cléver Ubiratan Teixeira de Almeida.

Em setembro do ano passado, a prefeitura recomeçou a percorrer os corredores da burocracia rumo a este novo empréstimo, protocolando uma carta-consulta junto à Secretaria de Assuntos Internacionais (Seain) do governo federal. A carta já foi para a Comissão de Financiamento Externo (Cofiex). A previsão é que em março, na primeira reunião do corpo técnico desta comissão, o projeto da segunda etapa da Linha Verde seja aprovado.

Se tudo der certo, o BID é comunicado e manda missões de análise a Curitiba. O processo volta ao governo federal para ser aprovado, já que a União é avalista dos municípios em financiamentos internacionais. Caso o processo corra como o esperado, no segundo semestre deste ano o contrato do novo empréstimo junto ao BID deve ser assinado. Só então começam as licitações. O processo é fundamental, mas moroso.

Com tudo isso, é possível que os curitibanos só vejam as obras da segunda etapa da Linha Verde começarem a partir de 2010. A partir de então, é bom recomeçar a exercitar a paciência, já que o próprio Instituto de Pesquisa e Planejamento adverte: as obras deste segundo trecho são mais complexas e devem demorar mais tempo.

De acordo com os cálculos do presidente do Ippuc, as obras da segunda etapa devem levar de dois anos e meio a três para serem concluídas. Com isso, os curitibanos podem esperar que a Linha Verde esteja concluída, do Pinheirinho ao Atuba, somente a partir de 2012.

Segundo o presidente do Ippuc, há dois motivos que fazem com que este segundo trecho, parte Norte, mesmo tendo uma extensão menor (7,5 quilômetros), tenha um tempo de execução de obras previstas maior que o do trecho Sul (9,4 quilômetros). O primeiro motivo, diz Almeida, é a existência de dois viadutos longitudinais: o da Afonso Camargo e o da Vítor Ferreira do Amaral. No Trecho Sul, os viadutos existentes eram transversais, ou seja, cruzavam a BR-476 (antiga 116) por cima. Os viadutos do Trecho Norte acompanham a rodovia.

O segundo motivo que fará com que as obras do Trecho Norte sejam mais demoradas é o fato de que serão construídas seis novas trincheiras: Rio Juruá, Atuba, Conjunto Solar, Gustavo Rattman, Agamenon Magalhães e Roberto Chichon. As trincheiras, ou melhor a falta delas, foi justamente o que causou polêmica na execução da primeira etapa. Com seis trincheiras previstas, isto não será problema na segunda etapa.

Segundo Almeida, o plano de construção de seis trincheiras no segundo trecho não significa que houve uma mudança de concepção no projeto da Linha Verde. "O projeto foi concebido por inteiro. As trincheiras não podem ser feitas junto das estações. Não seria lógico fazer viaduto, trincheira, pois aumentariam o percurso do pedestre. No Sul, coincidiu de as estações estarem próximas das interseções", explica Almeida.

Outra diferença entre os dois trechos é que a parte Norte da Linha Verde pode ser um tanto quanto menos "verde" que a parte Sul. Isto porque, por falta de espaço, não contará com o parque linear existente no Sul. Mesmo assim, este segundo trecho ainda contará com ciclovia, paisagismo e vegetação.

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