Brasília (AE) Em depoimento ontem à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios, o ex-diretor de Furnas Dimas Toledo negou ser o autor da lista com nomes de 156 políticos que teriam recebido recursos de caixa 2 para financiar suas campanhas eleitorais em 2002. Dimas disse ter se encontrado uma única vez com o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), na noite de 13 para 14 de abril de 2005, para pedir que seu cargo de diretor de Planejamento, Engenharia e Construção fosse preenchido por um funcionário de carreira de Furnas.
"Quero negar veementemente qualquer participação na elaboração dessa lista. Trata-se de uma montagem, de uma falsificação. Nunca ajudei financeiramente nenhum parlamentar ou pessoas nominadas nessa lista", afirmou Dimas. "A lista é totalmente absurda."
Ele contou que se encontrou com Jefferson em Brasília, na residência do ex-deputado, depois das notícias de que seu cargo seria dado a um indicado do PTB. "Fui tentar convencê-lo de que a minha substituição fosse feita por um funcionário da casa e não pessoa de fora", disse Dimas, funcionário de carreira de Furnas durante 37 anos. Segundo o ex-diretor, Jefferson teria dito, no fim do encontro, que levaria a proposta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para mantê-lo no cargo. "Gostei de você e vou levar proposta ao presidente para você continuar."
No depoimento, o ex-diretor de Furnas negou também que tenha oferecido dinheiro R$ 1,5 milhão mensais ao PTB, na época presidido por Roberto Jefferson em troca da própria permanência no cargo. Afirmou ainda que não deu R$ 75 mil para Jefferson, conforme afirmou o ex-deputado em depoimento à Polícia Federal.
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