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A Justiça de São Paulo determinou a apreensão de todos os exemplares do livro Caso Isabella, verdade nova. A informação foi dada por Ana Carolina Cunha de Oliveira, mãe de Isabella Nardoni, menina que morreu em março do ano passado ao cair da janela do prédio onde morava, em São Paulo.

Segundo Ana Carolina, o juiz determinou também que seja aplicada multa por cada exemplar do livro produzido, vendido ou distribuído gratuitamente. A decisão, em caráter liminar, foi proferida na última quinta-feira pelo juiz Edmundo Lellis Filho, da 1.ª Vara Cível de Santana.

A íntegra da decisão já está publicada no site do Tribunal de Justiça, mas o acesso é permitido somente para as partes do processo porque o caso se encontra em segredo de Justiça.

A advogada que representa Ana Carolina, Cristina Christo Lei­te, ingressou com a ação na última quarta-feira. Na medida, além da retirada do livro do mercado, a advogada pede R$ 500 mil de indenização por danos morais.

Publicado no Rio Grande do Sul neste ano, o livro contesta as versões da Polícia Civil e do Ministério Público de São Paulo e levanta a hipótese de acidente doméstico. Os órgãos acusam o casal Alexan­dre Nardoni e Anna Carolina Jatobá – pai e madrasta da menina –, de tê-la jogado do sexto andar do prédio onde moravam, na Zona Norte de São Paulo, em 29 de março de 2008.

A reportagem ainda não conseguiu entrar em contato com o autor do livro, o médico Paulo Papandreu, nem com a Editora Pallotti, para comentarem a ação.

No último domingo, a defesa do pai e da madrasta de Isabella levantou uma nova hipótese para o crime e disse que a menina pode ter sido vítima de um acidente doméstico. Em entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo, o advogado Roberto Podval afirmou que Isabella pode ter se assustado ao acordar, cortado a rede de proteção da janela e caído.

Podval citou como exemplo o que ocorreu com a menina Rita de Cássia Rodrigues de Sena, 5, que morreu em 11 de julho deste ano ao cair do quinto andar do prédio onde morava, na Zona Norte do Rio. A menina ficou sozinha no apartamento en­­quanto os pais estavam em uma festa no condomínio, conforme revelaram as imagens do circuito de segurança. "Um acidente é possível. Eu entrei nesse caso, estudei o caso e, honestamente, eu estou convencido da inocência do casal", disse o advogado.

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