investigação
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, determinou que a Polícia Federal (PF) faça a apuração de suposto vazamento do depoimento do empresário Luís Cláudio Lula da Silva. Segundo a assessoria do ministério, Cardozo decidiu pedir a investigação depois que a defesa de Luis Cláudio protocolou uma representação na sexta (13).
Em depoimentos à Polícia Federal, Luís Cláudio da Silva, filho caçula do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o lobista Mauro Marcondes Machado não esclareceram detalhes de contratos milionários sob investigação da Operação Zelotes.
A informação foi revelada no sábado (14) pela revista Época, que trouxe trechos dos esclarecimentos prestados pelos dois à PF. Segundo a publicação, Marcondes Machado reconheceu que as cifras pagas ao filho do ex-presidente eram “absurdas”.
As empresas de marketing esportivo de Luís Cláudio, a LFT e a Touchdown, são alvos da operação porque a LFT recebeu R$ 2,5 milhões da empresa do lobista, investigada sob suspeita de compra de medidas provisórias em benefício do setor automotivo durante o governo Lula.
O depoimento do filho do ex-presidente ocorreu no dia 4 de novembro. De acordo com a Época, Luís Cláudio só teve dois clientes até hoje: o Corinthians e a consultoria de Marcondes, a Marcondes & Mautoni. A revista aponta que Luís Cláudio fechou contrato de R$ 300 mil por ano com o time paulista, que previa a criação de campanhas de marketing para desenvolver o esporte amador e atividades lúdicas para crianças.
A LFT, que não tem nenhum funcionário, diz Época que recebeu entre 2014 e 2015, R$ 2,5 milhões do escritório de consultoria Marcondes & Mautoni, que é especialista em representar montadoras de carro. Luís Cláudio prestaria à consultoria de Marcondes consultoria técnica e assessoramento empresarial de marketing esportivo. Segundo a reportagem, ele tem dificuldades para explicar os serviços e suas qualificações para prestá-los.
O filho de Lula reconheceu que nunca tinha prestado esse tipo de serviço que foi contratado pelo lobista. Mesmo assim, levou um R$ 1 milhão pelo contrato. Ao todo, Época sustenta que foram fechados seis serviços entre junho e julho de 2014, mas Luís Cláudio não teria executados todos.
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