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São Paulo – O comércio paulista fechou as portas ontem em diversas regiões do estado e fábricas cancelaram turnos à noite devido à onda de violência que assola São Paulo e dificultou o transporte.

A Associação Comercial de São Paulo informou que comerciantes de pelo menos quatro bairros – com seis ruas de grande concentração de lojas populares ou de alto luxo – decidiram permanecer fechados ou antecipar o horário de fechamento.

Nas ruas Teodoro Sampaio (Pinheiros), Oscar Freire (Jardins), Francisco Morato (Morumbi), 25 de Março, São Caetano e Líbero Badaró (todas na região central), estabelecimentos não funcionaram – parte deles por orientação policial.

A rede Casas Bahia fechou seis de suas 273 unidades no estado por registrar pequenos tumultos ou por determinação da Polícia Militar. A assessoria de imprensa da rede não tinha confirmação até o início da noite de hoje sobre ataques a lojas.

"Amanhecemos no Iraque. Para não comprometer a segurança das pessoas, a decisão foi fechar (as lojas)’’, disse Guilherme Afif Domingos, presidente da associação comercial.

O Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) foi procurado por inúmeras indústrias. "A decisão de fechar ou cancelar turnos ficou a cargo de cada empresa’’, disse Claudio Vaz, presidente do Ciesp.

A Telefônica confirmou que dispensou 7.000 funcionários antecipadamente para facilitar o retorno do trabalho às suas residências, mas disse que a decisão não prejudicou suas operações.

Na Vivo, maior operadora de telefonia celular do país, gerentes de área também foram orientados a dispensar suas equipes.

Poucos funcionários

Em muitos casos, o fechamento antecipado das lojas foi causado pelo baixo número de funcionários que conseguiram chegar ao trabalho ou pela preocupação com o retorno dos trabalhadores para casa. O shopping Iguatemi, centro de compras de luxo de São Paulo, fechou às 16h. O Shopping Higienópolis (região central) estava fechado às 17h de hoje.

Na rua Teodoro Sampaio, no largo da Batata e adjacências (zona oeste da capital), os comerciantes começaram a abaixar as portas por volta das 14h com medo de ações criminosas.

Na Baixada Santista, a maior parte das lojas de várias regiões de Santos, São Vicente, Praia Grande, Cubatão e Guarujá fechou as portas na tarde de ontem. Escolas e unidades de saúde também não funcionaram.

O comércio na avenida Paulista e nas ruas adjacentes, como a rua Augusta, interrompeu seu funcionamento mais cedo. Às 16 horas os lojistas da região decidiram fechar as portas. O temor manifestado pelos comerciantes era que a onda de depredações também chegasse às lojas.

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