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Algemas não são só coisa de polícia. Elas repousam com destaque ao lado de lingeries, camisinhas e vibradores nas prateleiras dos sex shops, a espera de quem arrisque experimentar fantasias novas. Essas lojas possuem um arsenal erótico de até três mil itens diferentes. Só de vibradores são mais de 50 modelos, de variadas formas, cores e tamanhos. Uma grande parte da clientela já entra na loja ciente do produto e da marca que procura. A constatação é do proprietário da Muito Prazer Sex Boutique, Jorge Belém, o mais bem sucedido empresário do ramo em Curitiba, com três lojas do gênero na capital.

Como principais clientes, as mulheres lançam mão de diversos produtos em busca de mais prazer na relação sexual, dos géis térmicos aos mais modernos vibradores, alguns que imitam a pele humana, outros que simulam ejaculação ou que acendem luzinhas. O que também faz bastante sucesso entre as mulheres são as fantasias de colegial, empregada, enfermeira, coelhinha e policial. Esses fetiches ganharam força no final dos anos 1990, quando a Tiazinha, personagem de Suzana Alves, se tornou um símbolo sexual no papel de uma sadomasoquista de cinta-liga rendada.

Para o setor, não há data melhor do que o Dia dos Namorados. São duas semanas de vendas quase ininterruptas. "Antigamente o programa nessa data era o casal jantar e ir para um motel, agora tem de passar antes no sex shop", diz Jorge. Em compensação, no Dia dos Pais e no Dia das Mães as vendas caem a quase zero. Pudera, que filho presentearia a mãe ou o pai com um artigo de sex shop? Até pode haver, mas são exceções. Nessas datas, Jorge costuma colocar um saxofonista na frente da loja para chamar atenção.

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