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Moradores da favela Cantinho do Céu, em Londrina, se recuperam da enchente | Roberto Custódio/JL
Moradores da favela Cantinho do Céu, em Londrina, se recuperam da enchente| Foto: Roberto Custódio/JL

O prefeito de Londrina, Barbosa Neto, decretou ontem estado de emergência na cidade por causa dos estragos provocados pelos temporais que atingiram a região na semana passada. Os londrinenses, que no sábado presenciaram cenários nunca antes vistos na cidade, ainda sofrem com os danos causados pela chuva.

A medida tomada pela prefeitura permite a contratação emergencial de empresas e acelera o repasse de verbas por parte do Estado e da União, para o restabelecimento da cidade. A prefeitura ainda não fez o levantamento dos custos dos reparos. "Não temos conhecimento total dos estragos, mas estimamos que em 90 dias teremos tudo solucionado", afirmou Barbosa Neto. O prazo do decreto é de 60 dias, prorrogável pelo mesmo tempo.

Dimensão

Entre quarta-feira e sábado choveu em Londrina 165 milímetros, enquanto o esperado para todo o mês de outubro era de 140 milímetros. Só no sábado, foram 95 milímetros. Tanta água provocou 42 pontos de alagamento. O Lago Igapó, cartão postal da cidade, transbordou, deixando casas inundadas e carros submersos. A força das águas destruiu calçadas e parte do asfalto no local. Diversos cursos hídricos que cortam a cidade também transbordaram e invadiram residências.

De acordo com o coordenador da Defesa Civil e secretário municipal de Defesa Social, Joaquim Antônio de Melo, a dimensão dos prejuízos só deverá ser conhecida no fim desta semana. Até agora, foram registradas 40 casas e cinco pontes danificadas. A Rua Almeida Garret, que fica ao lado da barragem do Lago Igapó, está interditada. Parte do asfalto desmoronou no local junto com tu­­bos do abastecimento de água.

Um prédio de quatro andares do Residencial Lindóia, zona leste de Londrina, foi interditado na noite de domingo pela Defesa Civil por risco de desabamento. A chuva fez com que a estrutura do edifício apresentasse rachaduras nas paredes e escadas. As 16 famílias que moram ali estão abrigadas em casas de amigos e parentes.

O Centro Cultural Kaigang, localizado na zona Sul, também ficou inundado pela chuva e 61 índios foram levados para o Ginásio de Esportes Moringão, onde permaneciam até ontem. "Outras pessoas ficaram desabrigadas no Jardim Nova Olinda, mas não houve pedido de abrigo para a prefeitura", contou o coordenador.

Desaparecidos

O universitário Luiz Henrique Caetano, de 26 anos, morreu depois de ser arrastado para dentro do córrego Bom Retiro, na quinta-feira. Ele ficou desaparecido até a tarde de domingo, quando o corpo foi encontrado pelo Corpo de Bombeiros.

No sábado, o condutor de uma caminhonete que caiu em um ribeirão também chegou a ser considerado desaparecido, mas, de acordo com o Corpo de Bombeiros, ninguém registrou o desaparecimento do motorista ou do veículo. A Polícia Civil acredita que o condutor tenha fugido, já que a caminhonete tem placas clonadas.

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