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Cerca de 30 representantes de entidades de moradores foram ontem ao gabinete da promotora Édina Maria Silva de Paula manifestar apoio às investigações de caixa dois na campanha que reelegeu o prefeito Nedson Micheleti (PT), no ano passado. Eles também defenderam a volta das investigações do caso.

As investigações, tanto do Ministério Público (MP) quanto da Polícia Federal (PF), estão suspensas desde o dia 22 de setembro até que o juiz da 41ª Zona Eleitoral, Jurandyr Reis Júnior, analise o mérito de um pedido de exceção de incompetência apresentado pela defesa do PT. A assessoria jurídica do partido alega que as investigações devem correr no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), em Curitiba, por envolverem o prefeito, que tem foro privilegiado.

"Queremos que volte a investigação porque caixa dois significa crime. Que seja apurado a fundo", disse Neusa Maria dos Santos, vice-presidente da União Municipal das Associações de Moradores e integrante do movimento das esposas dos policiais militares. Os manifestantes alegam representar 86 entidades de moradores da Cidade.

Entre os manifestantes estava o ex-cargo comissionado da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) Joel Tadeu, que se irritou com a imprensa ao ser questionado sobre o fato de já ter participado da administração petista. "Faz mais de um ano que não sou mais cargo de confiança", disse ele que, no ano passado, disputou uma vaga de vereador no PSL – na mesma chapa que o ex-prefeito Antonio Belinati concorreu à Prefeitura contra Nedson. "Aqui não tem partido, não tem político", rebateu Antonio Barrichelo, presidente da Associação dos Moradores do Jardim Jatobá.

Agradecimento

A promotora Édina de Paula agradeceu o apoio prestado pelos moradores e explicou que nem sempre é possível realizar as investigações rapidamente. "Infelizmente, as coisas não andam no mesmo tempo que nosso relógio de pulso", afirmou.

Ela, que assumiu o caso dia 13 de setembro, alegou preferir não fazer declarações sobre o que foi apurado até aqui. "Qualquer coisa que se diga neste momento é ‘achômetro’." Segundo Édina de Paula, as investigações serão retomadas "tão logo o juiz decida". Ela defendeu que o trabalho continue sendo realizado na Cidade. "Acho que o juiz tem competência de julgar sim porque o fato aconteceu em Londrina."

Sobre o apoio prestado pelos moradores ela disse ser esta a postura que se espera da população. "A sociedade está atenta às investigações. É isso que a gente espera. A gente trabalha sozinha e não tem noção de até onde nosso trabalho reflete. Quando a gente recebe uma moção de apoio como esta, aumenta a responsabilidade e faz com que a gente se sinta respaldada", agradeceu.

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