• Carregando...

O Tribunal de Contas do Estado (TC-PR) e o Crea apresentaram nesta segunda-feira (15) o relatório de obras inacabadas no Paraná. Em todo o estado, a lista mostra 184 projetos não concluídos, o que representa 26% do total. Em Londrina 2 das 13 obras fiscalizadas estão com os trabalhos suspensos. Juntas elas somam mais de R$ 5 milhões.

Os números foram obtidos com base em dados do Sistema de Informações dos Municípios – Acompanhamento Mensal (SIM-AM), que é atualizado mês a mês pelas prefeituras. O pente-fino levou em conta dados repassados ao sistema até 25 de maio deste ano. A análise revela que os municípios não têm atualizado as informações. De acordo com o banco de dados, 750 obras municipais estariam paralisadas no Paraná. Entretanto, o TCE-PR e o Crea vistoriaram 712 dessas obras e constataram que 184 estavam, de fato, interrompidas.

Em Londrina, de acordo com o relatório do TC, está parada a restauração do prédio da Secretaria da Cultura. O custo estimado no período de seu início, em 1999, era de R$ 947.065. O viaduto da Avenida Ayrton Senna com a PR-445, também paralisada, tem valor orçado em R$ 4.070.172.

Entre as fiscalizadas na cidade, duas obras estão concluídas, o Projeto Ambiental do Loteamento Industrial na Gleba Lindoia e as obras no Teatro Municipal. A implantação da Praça da Juventude está em andamento e as outras 7 obras fiscalizadas não puderam ter sua situação identificada. Segundo o coordenador de engenharia e arquitetura do TCE, Luiz Henrique de Barbosa Jorge, isso pode acontecer por causa das obras não terem saído do papel ou no caso principalmente de pavimentações, pela não possibilidade de comprovar que a obra feita no asfalto é a mesma cadastrada no sistema do Tribunal.

Segundo o secretário de Obras de Londrina, Ossamu Kaminagakura, a falta de recursos é o principal motivo para a paralisação do viaduto da Av. Ayrton Senna, que está com a fase de pavimentação e prestes a ser concluída. Leonardo Ramos, secretário de Cultura, alega que para que sejam retomadas as obras do prédio da Secretaria de Cultura também é preciso que se resolva uma questão orçamentária.

Problemas na execução

Os principais motivos alegados pelos municípios para a paralisação são problemas na execução dos contratos e no planejamento, e ausência ou atraso na liberação das verbas para a realização dos trabalhos. As obras analisadas são tocadas pelas prefeituras, mas podem contar com aportes de verba dos governos estadual e federal.

Segundo o presidente do TC-PR, Fernando Guimarães, o levantamento foi elaborado com o objetivo de orientar os municípios. Nesta etapa, não há como aplicar sanções às prefeituras que estão com obras paradas. O TCE-PR e o Crea devem repassar cópias do relatório aos prefeitos, para providências.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]