• Carregando...
Área na zona norte de Londrina: montanhas de entulhos e galhos de árvores | Roberto Custódio/JL
Área na zona norte de Londrina: montanhas de entulhos e galhos de árvores| Foto: Roberto Custódio/JL

Os lugares de despejo irregular de lixo são formados aos poucos. Um saco de lixo, restos de construção, galhos de árvores e quando se vê há montanhas de resíduos. Grande parte dessas irregularidades é praticada por moradores das proximidades. Em uma volta por Londrina é possível encontrar vários locais onde a legislação não é cumprida. Segundo a Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), a cidade tem aproximadamente 200 pontos de descarte irregular.Na Avenida Angelina Ricci Vezozzo, no Parque das Indústrias Leves, na zona norte, um terreno ao lado da empresa Dixie Toga se transformou em um extenso local de descarte irregular. Sofás velhos, galhos de árvores e entulhos da construção civil foram pequenos montes. A menos de 50 metros, na mesma avenida, um novo "lixão" está se formando. O monitor de computador que ficou ultrapassado e sem serventia foi jogado no local.

Suprimentos de informática também foram abandonados em um trecho da Rua Acylino Augusto do Nascimento, paralela a Avenida Castello Branco. A via chegou a ser fechada com barreira de terra, mas os despejos continuam. No local, foram encontrados carcaças de impressoras e monitores. Alguns dos despejos irregulares chegam a ser visíveis nas imagens de satélite do Google Maps.

O ambientalista João Batista, da Ong Meio Ambiente Equilibrado (MAE), ressaltou que os despejos irregulares têm como primeiro impacto negativo o visual. Para ele, lixos em locais inapropriados refletem a falta de fiscalização e de educação dos moradores da região. "São pessoas que limpam seus quintais e acabam jogando os entulhos usando pequenos carrinhos de mãos, carroças e até carros particulares e jogam em locais próximos as próprias casas."

Batista disse ainda que os "lixões" também são alvos constantes de incêndios. Na Rua Oséias Furtoso, próximo à transposição da linha férrea na zona norte, além da poluição com o despejo de entulhos, moradores atearam fogo em galhos secos de árvores. "A fumaça acaba sendo tóxica, pois além dos galhos são queimados plásticos ou embalagens de produtos químicos", disse.

Fiscalização

Segundo a CMTU, pessoas que são flagradas despejando entulhos em locais irregulares são autuadas pela Secretaria do Ambiente (Sema), pois o ato é configurado como crime ambiental. A multa varia entre R$ 1 mil e R$ 25 mil dependendo da quantidade e do material que está sendo despejado. Caso automóveis estejam sendo usados para o transporte, os veículos são apreendidos.A CMTU informou ainda que faz a limpeza desses "lixões" constantemente. Atualmente, Londrina conta com seis ecopontos, locais apropriados para despejos de pequenas quantidades de entulhos de construção, galhos de árvores e móveis.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]