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Brasília e São Paulo (Das agências) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta semana a aliados que pretende iniciar conversas com os governadores do PMDB na tentativa de derrubar resistências a um possível apoio à sua campanha pela reeleição. A tarefa do presidente será reduzir as resistências a uma aliança, mesmo que extra-oficial, com o PT, provocadas pelos confrontos regionais entre os governadores peemedebistas e os petistas, como ocorre, por exemplo, em Brasília, Santa Catarina e Paraná.

No cenário traçado ao presidente por peemedebistas, as últimas pesquisas de intenção de voto indicariam que os pré-candidatos inscritos para as prévias do PMDB – o governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, e o ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho – não teriam espaço para crescer.

O presidente ouviu que, com sua recuperação nas pesquisas, acompanhado pelo prefeito de São Paulo, José Serra, um terceiro candidato não teria condições de competitividade. Como conseqüência, o candidato do PMDB que vencer as prévias da legenda seria abandonado durante a corrida eleitoral. Dessa forma, somado à derrubada da verticalização nesta semana pela Câmara dos Deputados, Lula poderia disputar o apoio dos governadores do PMDB, como fez na campanha de 2002. Mesmo que tivessem de receber em seus palanques o candidato oficial do partido, os governadores poderiam apoiar nos bastidores a corrida de Lula.

Mas o presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), criticou Lula por dizer a aliados que precisa buscar o apoio de governadores do partido para a campanha à reeleição.

"O presidente deve cuidar do seu quintal e, como presidente, dar um exemplo de integridade dos partidos e não interferir nas legendas", afirmou Temer.

Ontem, Lula visitou dois assentamentos rurais no município de Castilho (SP) e falou sobre a reunião, quinta-feira, entre os líderes tucanos Tasso Jereissati (presidente do PSDB e senador pelo Ceará), Aécio Neves (governador de Minas Gerais) e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Lula disse não estar preocupado com as articulações do partido para a escolha do seu candidato à Presidência. "Seria difícil eles não se reunirem, são do mesmo partido. Seria anormal se não tivessem se reunido. Eu acho que têm de se reunir, que a oposição pode e deve ajudar a contribuir com o Brasil."

Mais tarde, o presidente participou da inauguração do Memorial do Corinthians, em São Paulo. Ele encontrou o prefeito José Serra e o governador Geraldo Alckmin. É a primeira vez que os três se encontram num evento público desde o velório do ex-governador de Pernambuco e deputado federal Miguel Arraes, em agosto do ano passado.

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