São Bernardo do Campo, SP O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição, disse ontem, em São Bernardo do Campo, no Grande ABC (SP), estar convencido de que tomou a decisão correta ao não comparecer ao debate entre os candidatos promovido quinta-feira à noite pela TV Globo. "Foi bom porque o povo viu e assistiu ao nível do debate", declarou, em frente ao portão de entrada da fábrica da Mercedes-Benz, onde realizou panfletagem. Lula afirmou que, no encontro de quinta, os presidenciáveis "jogaram fora uma grande oportunidade".
"Algum tempo atrás, eles diziam que só ataca e xinga quem não tem programa. Eu lamento, profundamente, que eles tenham tido o comportamento que tiveram", argumentou. "Graças a Deus, vou terminar minha campanha sem citar o nome de nenhum adversário, nem para o bem, nem para o mal."
Bombardeio
Petistas do governo e da campanha da reeleição consideraram que foi totalmente acertada a decisão de Lula de não ir ao debate. O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, afirmou que não ocorreu um debate, mas um rosário de acusações infamantes e uma postura apenas de ódio e revanchismo.
Para parlamentares petistas, se Lula tivesse comparecido ao debate ele teria sido bombardeado pelos três adversários e, mesmo que conseguisse rebater os ataques, teria contra si o nervosismo natural e ainda perderia no tempo de fala, já que o debate seria claramente um confronto de 3 contra 1.
O líder do PT na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS), reconhece que Alckmin, Heloísa Helena e Cristovam tiveram um espaço importante para criticar, sem réplica, o governo Lula e as crises políticas. Mas pondera que a presença do candidato petista daria legitimidade às acusações.
"As críticas foram pesadas, mas seriam ainda piores se ele tivesse comparecido. E aí, com Lula, as críticas teriam um peso maior, teriam legitimidade e o presidente não teria o mesmo tempo que os adversários para se defender. Seria muito pior para ele", disse Fontana.
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