Ex-presidente Lula também insistiu na necessidade de se regulamentar os veículos de comunicação e as redes sociais.| Foto: RICARDO STUCKERT/INSTITUTO LULA
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Em uma entrevista a uma rádio do interior do Paraná nesta terça-feira (5), o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva elogiou a presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, atribuindo a Deus a colocação dela na direção da legenda. Lula ainda defendeu a regulamentação da imprensa e das redes sociais, mas descartou usar o mesmo projeto elaborado no final de seu segundo mandato, que acabou não sendo levado adiante por Dilma Rousseff (PT). Segundo o ex-presidente, “aquele projeto já está ultrapassado”, e que a sociedade vai ter de discutir uma nova forma de regulação, que inclua também as redes sociais.

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“As pessoas às escondidas fazem coisas que não teriam coragem de fazer presencialmente. Então a provocação, as ofensas, as falsas denúncias, as fake news são coisas que ganharam espaço muito grande na internet. É preciso que se tenha uma regulação para separar o joio do trigo, ou seja, não é você tentar evitar que as pessoas sejam verdadeiras, é você tentar evitar fake news, tentar evitar mentiras, tentar evitar mentiras contra a vacina, mentiras contra doenças”, disse Lula.

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Já sobre a presidente da legenda, Gleisi Hoffmann, Lula atribuiu à graça divina tê-la no comando do partido. “Não é fácil ser presidente de um partido como o PT. O PT é um partido muito complicado[...] Sinceramente, às vezes fico imaginando que Deus é petista por permitir que a Gleisi dirija o PT com a competência que ela dirige”,  explicou.

Na entrevista, ele também criticou a Operação Lava Jato, que classificou como “invenção para enganar a imprensa. “80% do processo da Lava Jato foi uma invenção montada pelo [ex-juiz e ex-ministro Sergio] Moro e pelo [ex-procurador do MPF Deltan] Dallagnol para enganar a imprensa e a imprensa caiu, aceitou divulgar as mentiras como se fossem verdade”, argumentou.

Sobre a relação com outros líderes petistas, o ex-presidente disse manter uma boa relação com a Dilma Rousseff, mas que não pensa em trabalhar diretamente com ela. “No Palácio não cabem dois presidentes da República. Eu não me sinto à vontade de mandar na Dilma, de dar bronca”, justificou.