São Paulo – As denúncias de caixa 2 e as novas regras do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não intimidaram os comandos das duas principais campanhas presidenciais. Juntos, o tucano Geraldo Alckmin e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, estimam gastar R$ 115 milhões na campanha eleitoral. Por enquanto, os doadores ainda não se apresentaram, mas as projeções são milionárias: R$ 60 milhões pelo PSDB e R$ 55 milhões pelo PT. As previsões são semelhantes às de 2002, mas neste ano os candidatos não poderão fazer showmícios nem distribuir brindes, entre outras restrições.

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Embora os partidos tenham até quarta-feira para registrar a previsão de gastos, dirigentes petistas acreditam que a campanha de Lula, em dois turnos, segundo a previsão, deverá empatar com os R$ 56 milhões previstos na campanha de 2002.

O presidente do PT, Ricardo Berzoini, queria o mínimo possível de publicidade neste ano. Chegou a fazer uma experiência com o publicitário Edson Barbosa, da Link, e propagou que o PT não repetiria as pirotecnias e gastos milionários de Duda Mendonça. Seriam gastos no máximo R$ 5 milhões com a campanha no rádio e televisão. Mas o presidente Lula exigiu a contratação de João Santana e a projeção de gastos com publicidade saltou para R$ 8 milhões. Só com a convenção no Minas Tênis Clube, em Brasília, que referendou a candidatura presidencial, custou R$ 620 mil. Apesar da dívida oficial do PT, estimada em R$ 45 milhões, mais a do caixa dois, que ultrapassaria R$ 100 milhões. Com Duda, a conta teria sido de R$ 15 milhões, em 2002.

Publicidade

O PSDB, em 2002, gastou R$ 6 milhões a mais do que o comitê nacional arrecadou ao longo da eleição. Para este ano, o publicitário Luiz González, que responderá pela campanha de Alckmin e também de Serra ao governo paulista, deverá cobrar pelo trabalho algo em torno de R$ 1,5 milhão, segundo interlocutores, mas fontes do setor dizem que a campanha no rádio e tevê custará no mínimo R$ 5 milhões.