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Um ano depois da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemora nesta segunda-feira (19) o Dia do Índio festejando a demarcação da reserva Raposa Serra do Sol, mas com os povos indígenas da região ainda divididos. Convocados e organizados pelo Conselho Indígena de Roraima (CIR), um grupo de índios vai receber Lula em Maturuca e cantar o Hino Nacional em dialeto macuxi. Outro grupo fará um protesto fechando uma estrada.

O governador tucano de Roraima, José Anchieta Júnior, apesar de convidado pelo Planalto, até domingo à noite não havia confirmado presença na solenidade. De acordo com nota divulgada pela assessoria de imprensa do governo, ele não havia confirmado presença "devido a compromissos no interior do Estado".

Os fazendeiros da região, que foram retirados da reserva por ordem do STF, consideram a agenda de Lula "uma afronta" e se dizem "revoltados". Mas acrescentam que, em vez de protestar, preferem "ignorar" a presença do presidente no Estado. "Não temos ânimo para protestar. Preferimos ignorar a vinda do presidente da República aqui e a festa, até porque ele nem vem à capital", disse o presidente da Associação dos Arrozeiros de Roraima, Nelson Massani.

Localizada no noroeste de Roraima, na fronteira com a Guiana e a Venezuela, a reserva indígena da Raposa Serra do Sol tem uma área de 1,67 milhão de hectares onde vivem cerca de 19 mil índios de cinco etnias: macuxi, wapichana, ingarikó, taurepangue e patamona. A desocupação da área ainda é palco de polêmica porque parte dos próprios índios defendem a permanência dos produtores de arroz e pecuaristas da região, alegando que vivem perfeitamente entrosados com eles.

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