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Timon, MA – O candidato à reeleição, Luiz Inácio Lula da Silva pediu ontem votos para a candidata do PFL ao governo do Maranhão, Roseana Sarney, em um tumultuado comício, na cidade maranhense de Timon.

Em discurso, Lula disse que Roseana foi leal com ele quando uma "pequena elite conservadora e raivosa" o atacou.

"Eu vim aqui para cumprir com o dever de lealdade. Em política a gente tem de ter lealdade com quem é leal conosco. E essa mulher foi leal comigo desde a campanha de 2002", disse Lula. "A gente conhece quem é amigo quando a gente está na desgraça ou doente e não em tempo de festa e quando estamos com dinheiro no bolso", ressaltou.

Lula disse que a oposição quis fazer com ele o mesmo que fizeram com os ex-presidentes Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek e João Goulart. "Getúlio foi levado à morte, JK quase foi escorraçado e João Goulart punido", disse. "Não chegaram a fazer isso comigo, pois na hora do ‘pega pra capar’ eu tive amigos".

Antes de Lula discursar, Roseana Sarney prometeu aumentar os votos dele no Maranhão no segundo turno, estado onde teve mais de 75% dos votos. "Apesar de todas as pressões do meu partido continuarei a votar no presidente Lula porque sou uma mulher decidida", disse. "Lula é o melhor para o Nordeste, para o Maranhão e para o Brasil", disse Roseana, diante de um candidato constrangido ao dividir o palanque com o PFL.

Agressão

Seguranças de Roseana Sarney agrediram uma militante do PT, que empunhava uma bandeira do candidato à reeleição à Presidência, Luís Inácio Lula da Silva, e de Jackson Lago, do PDT que disputa, em segundo turno, o governo do estado. A engenheira agrônoma Juliana Pinheiro, de 50 anos, saiu de São Luiz para participar do comício na cidade maranhense de Timon. Num primeiro momento, dois homens quebraram o mastro da bandeira dela. Depois, diante da imprensa, um grupo maior puxou a bandeira e empurrou a militante.

"A gente entende a conjuntura nacional. O Lula precisa dos votos do Sarney no Congresso, mas me sinto muito desqualificada quando vejo que o presidente apóia Roseana", disse Juliana, referindo-se ao ato político que reuniu PT e PFL em Timon. Com relação a agressão, Juliana disse que "isso não é coisa do Lula; é coisa do Sarney". "Ele aqui é coronel", afirmou.

Os homens que agrediram a militante são da Garra Segurança e da Citicom, duas empresas contratadas pela organização do comício.

Novo governo

Embalado pelas pesquisas, Lula já definiu que, se vencer, começa na próxima semana a definir a composição de seu novo governo. O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, revelou ontem que, caso eleito, "depois de um descanso de 24, 48 horas", o presidente vai procurar os partidos que o apóiam. "Se for ele o vencedor, na próxima semana, o presidente inicia um conjunto de contatos políticos com os partidos e a partir daí começa a pensar o ministério", disse Tarso. Conforme Tarso, o presidente Lula vai buscar apoio dos aliados para um programa mínimo que terá como foco principal garantir o crescimento do país em 5% do PIB no próximo ano.

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