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Novos encontros Troca-troca no primeiro escalão está longe do fim

Brasília – O líder do PC do B na Câmara, deputado Renildo Calheiros, disse, ao sair de audiência de ontem com o presidente Lula que a nomeação do novo Ministério, "ultrapassa, e com folga, a convenção do PMDB (marcada para o dia 11 de março)". Segundo ele "a reforma está longe de ser concluída".

Na opinião do deputado o prazo será maior do que o que se esperava porque uma nova rodada de conversações com os partidos terá de ser realizada.

O deputado contou que o presidente Lula elogiou muito tanto o ex-ministro dos Esportes, Agnelo Queiroz, quanto o atual, Orlando Silva. E teceu elogios a Aldo Rebelo.

Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai esperar as eleições internas do PMDB – que vão eleger o presidente do partido – para anunciar a reforma ministerial. Durante reunião de ontem com o comando do PSB, Lula deixou claro que vai tornar pública a escolha de seus novos ministros depois da segunda quinzena de março.

"A decisão do PMDB é o ponto final para o presidente comunicar ao país o seu novo ministério. Todo bom jogador de xadrez pensa muito antes de mexer suas peças", disse o líder do governo na Câmara, deputado Beto Albuquerque (PSB-RS).

A escolha do novo presidente do PMDB é considerada estratégica pelo governo. O atual presidente da legenda, Michel Temer (SP), disputa a presidência do partido com o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Nelson Jobim. Temer tem o apoio da bancada do partido na Câmara, enquanto o nome de Jobim é endossado pelos senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e José Sarney (PMDB- AP). Lula não descarta acomodar o nome derrotado nas eleições do PMDB no primeiro escalão do governo. A reunião de Lula com a cúpula do PSB durou quase quatro horas, mas os integrantes do partido negaram que tenham pedido cargos ao presidente – apenas deixaram claro que o PSB quer manter o espaço que ocupa no primeiro escalão do governo. O PSB tem o comando dos ministérios da Integração Nacional e Ciência e Tecnologia.

Segundo o presidente do PSB, Eduardo Campos, o presidente reiterou no encontro o convite para que a legenda permaneça no governo – sem, no entanto, revelar qual será o tamanho do espaço da legenda. "Não chegamos a colocar a exigência da participação do PSB no governo. O presidente vai tomar sua decisão. Mas ele vai ficar à vontade para decidir se o partido fica ou não à frente das duas pastas", afirmou Campos.

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