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Brasília – O ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) indicou ontem que a campanha à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva neste segundo turno é colar a imagem do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso a do tucano Geraldo Alckmin. O presidente aposta na comparação do seu governo com o de FH para tentar vencer a eleição.

Tarso Genro afirmou que o presidente Lula está "sequioso para esse debate". "Vamos fazer um grande debate democrático que será muito importante para o país sobre o que fez o governo do PSDB, em oito anos, e o que fez o governo do presidente Lula agora. Será uma bela oportunidade para se fazer um debate sobre ética", disse o ministro. "Vamos ter a oportunidade de identificar quem teve a coragem de investigar, cortar na própria carne."

Tarso disse que Lula irá questionar Alckmin sobre a denúncia de que o governo FH teria patrocinado a compra de votos para aprovar no Congresso a emenda da reeleição e o arquivamento de CPIs na Assembléia Legislativa de São Paulo.

"O PSDB passou a mão por cima da corrupção enquanto esteve no governo, não teve coragem de fazer as investigações, bloqueou todas as CPIs e não esclareceu a maior fraude constitucional que é a compra de votos para a reeleição", disse.

Sobre o apoio de personagens polêmicos à candidatura de Lula, o ministro afirmou que as pessoas têm direito de escolher seus candidatos. Tarso observou que muitos do que hoje estão com o presidente Lula também apoiaram o governo FH, indicando que o PSDB não pode criticar essas alianças.

"São posições independentes que as pessoas assumem. O ex-senador Jáder Barbalho (PMDB-PA) foi peça importante no governo FH; Ney Suassuna foi ministro de Fernando Henrique; (o senador) Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) tão acusado, que violou o painel (do Senado), sustentou o governo FH. No campo da democracia as pessoas não podem ser impedidas de tomar posição", justificou.

O presidente Lula esteve ontem com o deputado reeleito Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), que anunciou o apoio do PMDB baiano para a sua candidatura, e também com o senador Ney Suassuna (PMDB-PB). Suassuna é investigado pela Justiça e o Senado por envolvimento na máfia dos sanguessugas.

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