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Brasília – O PSDB vai pedir ao Ministério Público que investigue a suspeita de tráfico de influência no contrato da Gamecorp, empresa que tem como um dos sócios o filho do presidente Lula, Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, com a Telemar, maior empresa de telefonia fixa do país. Líderes tucanos suspeitam que Lulinha teria recebido investimento de R$ 15 milhões da Telemar em sua empresa por atuar como lobista da telefônica. Antes de Lula assumir o governo, seu filho trabalhava como monitor do zoológico de São Paulo, com um salário de R$ 600.

O presidente do partido, senador Tasso Jereissati (CE), afirma que a essa ligação merece explicações. "Eu sou muito cuidadoso. Não gosto de misturar família com política", ressalva. "Mas nesse caso, as nuvens estão pesadas demais. Está na hora desse rapaz vir a público explicar sua fortuna".

Para Tasso, o envolvimento do filho do presidente com lobistas e as vantagens que a tem auferido, não podem ser ignorados. No entender do líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), não dá mais para tratar a transação de uma concessionária de serviços públicos com a empresa do filho do presidente como sendo "um assunto de família".

Também para o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), a denúncia deixa o país numa situação ruim. Segundo ele, ao ignorar o que está por trás da transação, Lula insiste na prática de dizer que nada sabe. "Seu governo admite a existência do crime, mas não do criminoso, como se isso fosse possível", ironiza.

Em fevereiro, a senadora Heloísa Helena (PSol-AL) pediu à Comissão de Fiscalização e Controle que investigasse se houve irregularidades no contrato entre a Gamecorp e a Telemar. Ela afirmou no requerimento que outras empresas de porte também fizeram propaganda nos programas de tevê sobre videogames produzidos pelo filho de Luiz Inácio Lula da Silva.

Seu pedido foi arquivado por decisão da relatora, a petista Ana Júlia (PA), sob a alegação de que não cabe às comissões permanentes do Senado investigar empresas privadas.

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